Israel divulga vídeo de túnel onde 6 reféns teriam sido mortos pelo Hamas
Do UOL, em São Paulo*
10/09/2024 18h39Atualizada em 10/09/2024 18h39
As Forças de Defesa de Israel divulgaram um vídeo nesta terça-feira (10) da estrutura de um túnel de 20 metros de profundidade, em Gaza, onde seis reféns teriam sido mortos pelo Hamas.
O que aconteceu
A estrutura foi montada sob um quarto infantil destruído, com pinturas de desenho animado nas paredes. A entrada do túnel era coberta por um chão falso e acessada por escadas.
Segundo uma animação divulgada por Israel, o Hamas distribuiu quatro escadas para chegar ao fundo do túnel. Elas levavam a um caminho estreito de 120 metros de comprimento e 80 cm de largura.
"É tão estreito, que você não consegue ficar em pé", afirma o porta-voz das Forças de Defesa, Daniel Hagari. O túnel era bloqueado por uma porta de ferro.
No local, os soldados israelenses encontraram munição para rifle, além de objetos pessoais, como uma escova de cabelo e roupas e baldes para necessidades. "Eles [os reféns] estavam aqui em condições horríveis. Onde não há ar para respirar, onde você não consegue ficar de pé", diz Hagari.
"Alguns estão vivos em condições semelhantes em túneis como este em Gaza", diz o porta-voz. "E nós precisamos fazer tudo o que pudermos para trazê-los vivos de volta para casa", acrescentou.
Resgate dos corpos
Os corpos dos seis reféns foram resgatados por Israel no último dia 1º. Eles teriam sido executados pouco antes da chegada dos israelenses.
Entre os mortos, estava um jovem americano-israelense que se tornou um dos reféns mais famosos do Hamas. Os mortos, todos feitos reféns em 7 de outubro durante o ataque do Hamas, pertencem a quatro homens e duas mulheres, tendo sido identificados como Carmel Gat, Eden Yerushalmi, o americano-israelense Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e Ori Danino.
Em 7 de outubro, Hersh participou do festival de música Universo Paralello - Supernova, onde foi sequestrado e ferido. Ele foi forçado a usar um torniquete e teve uma de suas mãos amputada, conforme visto nos vídeos do ataque.
Sua família também é uma das mais ativas na luta pelo retorno dos prisioneiros. Em novembro, sua mãe, Rachel, foi um dos 12 membros da família que se reuniu com o papa Francisco no Vaticano, e ambos os pais sempre falaram sobre a urgência de se chegar a um acordo de cessar-fogo.
*com informações da DW