Israel amplia ofensiva no Líbano, Hezbollah diz estar pronto para invasão
Do UOL
30/09/2024 09h24
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Israel ampliou sua ofensiva militar contra alvos no Líbano e no Iêmen nas últimas horas. Nesta segunda, o líder do Hamas no Líbano, Fatah Sherif, foi morto em um campo de refugiados no sul do país. Ele era um dos principais contatos entre o movimento de resistência palestino e o Hezbollah.
Na madrugada, o primeiro ataque da atual campanha a um bairro do centro de Beirute matou dois integrantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina, um grupo com base na Cisjordânia. No domingo, Israel também realizou bombardeios no Iêmen contra bases dos Houthis, grupo apoiado pelo Irã.
Tanques e tropas israelenses estão se deslocando para a fronteira com o Líbano, de onde o Hezbollah continua a atacar o norte de Israel com foguetes.
A resposta do Hezbollah
Naim Qassem, um dos líderes do Hezbollah, disse nesta segunda-feira que o grupo libanês "está preparado para [enfrentar] uma invasão [de Israel] por terra e sair vitorioso".
Qassem também afirmou que a cúpula do grupo deve anunciar em breve quem será o substituto do seu líder máximo, Hassan Nasrallah, assassinado por um ataque israelense em Beirute na sexta-feira. Segundo Qassem todos os comandantes militares e líderes políticos do grupo têm vices, prontos para assumir a qualquer momento.
Transmitido pela TV Al-Manar, que pertence ao Hezbollah, o discurso de Qassem foi a primeira manifestação de um integrante da cúpula do grupo após a morte de Nasrallah. Segundo a correspondente do serviço persa da BBC em Beirute, Nafiseh Kohnavard, "ficou claro que ele queria transmitir a mensagem de que o Hezbollah ficará de pé, se reorganiza e continuará sua luta contra Israel".
Euforia chinesa
As bolsas na China tiveram nesta segunda-feira o melhor dia desde 2008. Tanto o Shanghai Composite como o CSI 300 Index subiram mais de 8%. O resultado foi impulsionado pelo anúncio, nesse domingo, da permissão de refinanciamento de hipotecas imobiliárias.
A semana passada também já havia sido a melhor em décadas, após a divulgação de medidas de estímulo econômico, como redução de juros e injeção de dinheiro no mercado acionário. A euforia na China, principal mercado internacional do Brasil, ajudou o Ibovespa a fechar a semana passada com alta de 1,28%.
Ex-nazistas na Áustria
A extrema-direita conquistou uma vitória sem precedentes nas eleições austríacas. O Partido da Liberdade (FPÖ, na sigla em alemão) obteve cerca de 29% dos votos, segundo resultados preliminares divulgados pelo Ministério do Interior nesta segunda. O conservador Partido do Povo, do primeiro-ministro, Karl Hammer, ficou em segundo lugar, com 26,5%.
Apesar da vitória, é improvável que o Partido da Liberdade, criado por ex-nazistas nos anos 1950, consiga montar uma coalizão que lhe garanta a maioria dos votos no Congresso, e o Partido do Povo deve continuar no poder.
De qualquer forma, o resultado é mais um sinal do avanço da ultradireita na Europa, após o crescimento da coalizão de Marine Le Pen na França e de vitórias do Partido Alternativa para a Alemanha nas eleições estaduais deste mês.
Le Pen no banco dos réus
A líder da ultradireita na França, Marine Le Pen, vai a julgamento a partir de hoje pela acusação de usar dinheiro público do Parlamento da União Europeia para o pagamento de funcionários trabalhando por seu partido na França entre 2004 e 2026. Ela e outros 23 integrantes da Frente Nacional, sua legenda à época, são acusados de desviar 3,2 milhões de euros.
Se condenada, Le Pen está sujeita a uma pena de 10 anos de prisão, multa de 1 milhão de euros e até 5 anos de inelegibilidade. Ela é uma das favoritas para a próxima eleição presidencial na França, marcada para 2027.
Destruição nos EUA e no Nepal
O furacão Helene causou pelo menos 90 mortes em seis estados americanos. O mais afetado foi a Carolina do Norte, onde até agora há registros de 36 mortos e mais de mil desaparecidos. Cerca de 2,4 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica. O Helene foi o furacão mais forte que já atingiu a região do Big Bend da Flórida, a norte da baía de Apalachee.
Enchentes e deslizamentos provocados por tempestades também deixaram pelo menos 148 mortos desde sábado no Nepal. Até esse domingo, pelo menos 50 pessoas ainda estavam desaparecidas após a inundação do vale que cerca a capital, Kathmandu.
Deu na CNN
Assassinato de Nasrallah é um prêmio para Israel, mas é muito cedo para descartar o Hezbollah. O analista da rede americana Peter Bergen diz que as consequências a longo prazo da morte de Nasrallah são "incertas". "Israel deveria saber por sua própria história que tais ataques nem sempre conseguem incapacitar um grupo militante".
Como exemplo, Bergen cita uma série de assassinatos de líderes de grupos inimigos por Israel, incluindo o fundador do Hamas, Sheikh Ahmed Yassin, em 2004. Leia mais.