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Furacão Milton é reclassificado para categoria 1 após atingir Flórida

O furacão Milton, considerado um dos mais perigosos por autoridades americanas, perdeu força e foi reclassificado para tempestade de categoria 1 na madrugada desta quinta-feira (10). O furacão Milton tocou o solo na Flórida na noite de ontem e seguiu pela costa leste, em direção a Bahamas. A tempestade causou ao menos sete mortes.

O que aconteceu

Pelo menos cinco mortes ocorreram em Saint Lucie. A área foi atingida por tornados antes do furacão tocar o solo, segundo as autoridades. Segundo o canal NBC News, "vários idosos" que estavam em duas casas de repouso foram levados a hospitais. O Serviço Nacional de Meteorologia do país informou que pelo menos 27 tornados aconteceram no estado na quarta-feira. A quinta morte foi confirmada na tarde de hoje pelo governador da Flórida, Ron DeSantis.

Duas mortes foram registradas em São Petersburgo. A informação foi atualizada em uma coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (10), pela polícia local. De acordo com as autoridades, uma morte foi um incidente "médico" e a outra "foi de alguém que foi encontrado em um parque" com causa de morte pendente, disse o chefe da polícia de São Petersburgo, Anthony Holloway.

No Condado de Pasco, ao norte de Tampa, dezenas de moradores foram resgatados. Autoridades informaram que os resgates aquáticos após o furacão Milton estão em andamento e que as equipes resgataram 22 pessoas até agora.

Ventos de 145 km/h. À 1h (no horário local; 2h da manhã, no horário de Brasília), o NHC (National Hurricane Center - Centro Nacional de Furacões em inglês) rebaixou a classificação do Milton de 3 para 1.

Dados de satélite indicam que o olho do furacão Milton atingiu Siesta Key, no Condado de Sarasota. O fenômeno chegou à costa acompanhado de ventos máximos estimados em 193 km/h, conforme relatório da agência. "Os moradores devem continuar se abrigando e vigilantes", escreveu a Divisão de Gerenciamento de Emergências da Flórida, nas redes sociais.

Centros de evacuação em Sarasota estão lotados. Quase 10 mil pessoas e 1.700 animais de estimação estavam em abrigos na cidade com 57 mil habitantes. Esse seria o maior número já registrado durante uma evacuação, disseram autoridades de gerenciamento de emergência à rede de TV NBC News.

Tampa e St. Petersburg já registram chuvas intensas e ventos fortes com aproximação de Milton. Mais de 3,2 milhões de clientes na Flóridaestão sem energia, conforme aponta a plataforma PowerOutage.us.

Furacão Milton surgiu na costa mexicana e chegou à Flórida nesta quarta. O fenômeno se intensificou rapidamente entre segunda e terça-feira, com rajadas de vento ultrapassando os 280 km/h, mas desacelerou ao se aproximar do continente. Para ser considerado furacão, são necessárias algumas características específicas, como a origem tropical e a velocidade dos ventos superior a 119 km/h (ou 75 mph).

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Moradores foram alertados para se prepararem para o pior dos furacões nos últimos tempos. O prefeito da cidade de Bradentown, Gene Brown, pediu para aqueles que decidiram ficar escrevam seus nomes nos braços. Isso seria necessário para que as pessoas sejam identificadas no caso de morte em decorrência da passagem do furacão.

Vai ser poderoso. Então, por favor, tomem as precauções adequadas. Ele [furacão Milton] tem o potencial de causar muitos danos.
Governador da Flórida, Ron DeSantis

Milton causou estragos em outros lugares antes de chegar aos EUA. Ele provocou inundações, apagões, falhas nas redes de telefonia celular e o transbordamento de rios em Yucatán (México), e alagamentos e corte de energia em Havana (Cuba). Nenhum dos dois países, no entanto, esteve na rota do furacão.

Histórico de furacões nos EUA

Pelo menos 301 furacões passaram pelos Estados Unidos entre 1851 e 2022. A Flórida somou 120 tempestades neste período e o Texas, 63. Depois, surgem os estados da Louisiana (63), Carolina do Norte (58), Carolina do Sul (32), Alabama (23) e Georgia (21). Ao todo, 19 estados americanos já foram afetados por algum tipo de furacão.

Flórida e Texas são afetados por 61,1% de todos os furacões. A explicação está na proximidade com o Golfo do México e Caribe, onde o clima e as águas do mar permanecem quentes, além de ventos favoráveis, que criam o cenário perfeito para tempestades furiosas.

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EUA ainda não se recuperaram do furacão Helene, visto no mês passado. Ele se tornou o mais mortal desde Katrina. Foram mais de 200 mortes, segundo balanço divulgado por autoridades. Houve mortes em pelo menos seis estados por onde a tempestade avançou.

Veja no mapa os estados americanos atingidos por furacões (1851 - 2022)

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Como calcular o potencial dos furacões

A escala Saffir-Simpson é usada para classificar furacões conforme a intensidade dos ventos. Ela foi criada em 1969 pelo engenheiro civil Herbert Saffir e pelo meteorologista Robert Simpson. As categorias vão de 1 a 5 (sendo 5 o mais intenso, com ventos superiores a 251 km/h) e servem para calcular danos e preparar a população.

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Categorias de um furacão - velocidades dos ventos

  • Cinco - igual ou superior a 252 km/h
  • Quatro - 209 a 251 km/h
  • Três - 178 a 208 km/h
  • Dois - 154 a 177 km/h
  • Um - 119 a 153 km/h

Lista de países na rota de tufões e furacões

Os Estados Unidos constam como uma das nações mais afetadas por furacões. México, Cuba, Bahamas, Filipinas, Japão e Taiwan também aparecem em relatórios da NOAA e outras agências de monitoramento climático, como o NHC (Centro Nacional de Furacões, em inglês) e o Centro de Previsão de Tufões.

Furacão e tufão são nomes diferentes, mas o fenômeno é o mesmo. Isso está relacionado à localização do surgimento do evento: toda tempestade tropical superior à velocidade de 119 km/h que surge no Oceano Atlântico é chamada de furacão, e no Oceano Pacífico, de tufão.

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