Conteúdo publicado há 26 dias

Passagem do furacão Milton deixa 10 mortos na Flórida

O furacão Milton, considerado um dos mais perigosos dos últimos tempos por autoridades americanas, tocou o solo na Flórida por volta das 20h30 (no horário local; 21h30, no horário de Brasília), desta quarta-feira (9) e deixou a costa em direção a Bahamas. O fenômeno perdeu força e se tornou um ciclone pós-tropical, segundo último boletim divulgado pela NHC (Centro Nacional de Furacões, na sigla em inglês). Ele causou ao menos dez mortes, segundo o governo.

O que aconteceu

Pelo menos cinco mortes ocorreram em Saint Lucie. A área foi atingida por tornados antes do furacão tocar o solo, segundo as autoridades. Segundo o canal NBC News, "vários idosos" que estavam em duas casas de repouso foram levados a hospitais. O Serviço Nacional de Meteorologia do país informou que pelo menos 27 tornados aconteceram no estado na quarta-feira. A quinta morte foi confirmada na tarde de hoje pelo governador da Flórida, Ron DeSantis.

Duas mortes foram registradas em São Petersburgo. A informação foi atualizada em uma coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (10), pela polícia local. De acordo com as autoridades, uma morte foi um incidente "médico" e a outra "foi de alguém que foi encontrado em um parque" com causa de morte pendente, disse o chefe da polícia de São Petersburgo, Anthony Holloway.

No Condado de Pasco, ao norte de Tampa, dezenas de moradores foram resgatados. Autoridades informaram que os resgates aquáticos após o furacão Milton estão em andamento e que as equipes resgataram 22 pessoas até agora.

Teto de estádio que seria usado como abrigo foi arrancado pelos ventos. Em São Petersburg, o Tropicana Field, estádio de baseball, ficou parcialmente destruído. Ninguém ficou ferido. No começo da semana, o governador da Flórida, Ron DeSantis, afirmou que o local seria usado para abrigar 10 mil pessoas durante a limpeza dos escombros na região. Agora, autoridades orientam que a área seja evitada.

Cidade teve o fornecimento de água interrompido. Não há previsão de normalização. Também em St. Petersburg, o rompimento na tubulação de água forçou a parada do abastecimento de água potável, de acordo com a rede notícia CBS.

"A paralisação temporária deve durar até que os reparos necessários possam ser concluídos". O fechamento das adutoras em toda a cidade começou à 00h desta quarta-feira (no horário local; 01h da manhã, no horário de Brasília), afirmou o comunicado enviado à imprensa norte-americana.

"Os reparos serão feitos assim que for seguro para as equipes" para "resolver o problema e evitar maiores complicações". Um aviso para ferver a água também foi colocado em prática até novo aviso.

Mais de 3,2 milhões de clientes na Flórida estão sem energia. A plataforma PowerOutage.us mostra que Tampa e St. Petersburg já registram chuvas intensas e ventos fortes com aproximação de Milton.

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Centros de evacuação em Sarasota estão lotados. Quase 10 mil pessoas e 1.700 animais de estimação estavam em abrigos na cidade com 57 mil habitantes. Esse seria o maior número já registrado durante uma evacuação, disseram autoridades de gerenciamento de emergência à rede de TV NBC News.

Tornados deixaram pessoas soterradas em Palm Beach. Segundo o serviço de resgate do condado, ao menos cinco pessoas foram hospitalizadas após fortes ventos derrubarem construções e virarem veículos na região.

Furacão perde força

Ventos de 145 km/h. Às 01h (no horário local; 02h da manhã, no horário de Brasília), o NHC (National Hurricane Center - Centro Nacional de Furacões em inglês), rebaixou a classificação do Milton de 3 para 1.

Dados de satélite indicam que o olho do furacão Milton atingiu Siesta Key, no Condado de Sarasota. O fenômeno chegou à costa acompanhado de ventos máximos estimados em 193 km/h, conforme relatório da agência. "Os moradores devem continuar se abrigando e vigilantes", escreveu a Divisão de Gerenciamento de Emergências da Flórida, nas redes sociais.

Furacão Milton surgiu na costa mexicana e chegou à Flórida nesta quarta. O fenômeno se intensificou rapidamente entre segunda e terça-feira, com rajadas de vento ultrapassando os 280 km/h, mas desacelerou ao se aproximar do continente. Para ser considerado furacão, são necessárias algumas características específicas, como a origem tropical e a velocidade dos ventos superior a 119 km/h (ou 75 mph).

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Moradores foram alertados para se prepararem para o pior dos furacões nos últimos tempos.O prefeito da cidade de Bradentown, Gene Brown, pediu para aqueles que decidiram ficar escrevam seus nomes nos braços. Isso seria necessário para que as pessoas sejam identificadas no caso de morte em decorrência da passagem do furacão.

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