Israel afirma que novo líder do Hezbollah não vai durar 'por muito tempo'
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que o novo líder do Hezbollah não vai durar "por muito tempo". Naim Qassem, 71, número 2 do grupo xiita, foi anunciado nesta terça-feira (29) como sucessor de Hassan Nasrallah.
O que aconteceu
"Nomeação temporária. Não por muito tempo", escreveu Yoav Gallant no X. Declaração acompanhada de uma foto de Naim Qassem foi publicada logo após o anúncio do novo líder do Hezbollah.
Novo secretário-geral foi escolhido pelo Hamas um mês após a morte de Hassan Nasrallah. Ele foi morto em 27 de setembro em um ataque aéreo israelense no Líbano.
Naim Qassem é secretário-geral adjunto do movimento islâmico desde 1991. Com grande experiência política, o ex-professor universitário é conhecido como o "historiador do Hezbollah".
Qassem foi um dos fundadores do Hezbollah em 1982
Naim Qassem foi eleito ao cargo pelo Conselho da Shura do grupo, que é uma espécie de órgão dirigente do movimento. Com a decisão, Qassem assumirá o posto de secretário-geral do Hezbollah, conforme comunicado divulgado pelo grupo islamista xiita que está em guerra contra Israel.
Favorito para suceder Nasrallah também foi morto pelo Exército de Israel em ataque. Inicialmente, Hashem Safieddine, o líder do Conselho da Shura, era apontado como o sucessor de Hassan Nasrallah, mas ele morreu em outro ataque israelense no sul da capital libanesa.
Qassem foi um dos fundadores do Hezbollah em 1982. Ele nasceu em Beirute em 1953, em uma família procedente de Kfar Fila, na fronteira com Israel.
Naim era o vice-secretário-geral do movimento político-militar desde 1991, um ano antes de Nasrallah assumir a liderança. O agora líder do Hezbollah era o dirigente com o maior cargo no grupo que continuava aparecendo em público desde que Nasrallah começou a passar a maior parte do tempo escondido, após a guerra do Hezbollah contra Israel em 2006.
Desde a morte de Nasrallah, Qasem fez três discursos exibidos na televisão, utilizando um árabe mais formal que o libanês coloquial de seu antecessor. Em seus discursos televisivos, ele declarou que o grupo extremista apoiava os esforços para alcançar cessar-fogo em meio ao conflito com Israel, que se acirrou no último mês, quando o Exército judeu passou a atacar diretamente os membros do Hezbollah em incursões no território libanês.
*Com informações da AFP
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