O que fazem os delegados e por que eles importam tanto nas eleições dos EUA
Ao contrário do que ocorre no Brasil, a eleição dos Estados Unidos é indireta, decidida por meio de delegados que formam o Colégio Eleitoral. Os eleitores votam em seus candidatos e cada estado tem um peso para definir o eleito.
Pela lei, a eleição norte-americana acontece sempre na primeira terça-feira após a primeira segunda-feira de novembro. Este ano, a eleição está marcada para o dia 5.
A população pode enviar a cédula pelos Correios ou depositá-la em urnas.
Quando as pessoas dão seus votos elas estão, na verdade, elegendo os delegados — que vão definir realmente quem será o próximo presidente do país.
Quem são os delegados?
Na maioria dos casos, as pessoas escolhidas para serem delegadas são membros ativos do partido, líderes ou apoiadores iniciais de um dos candidatos.
Número de delegados é proporcional. Cada um dos 50 estados do país possui uma quantidade de delegados proporcional ao número de habitantes. São eles que vão votar nas convenções e formar o Colégio Eleitoral, responsável pelo voto final no dia da eleição.
Há dois tipos de delegados. Os "comprometidos" devem apoiar o candidato que lhes foi atribuído por meio do processo primário ou de caucus. Já os chamados "superdelegados" são independentes e podem apoiar o representante de sua preferência.
Convenções nacionais dão a palavra final na escolha do candidato. Antes do pleito, os delegados estaduais das primárias e caucuses selecionados para representar o eleitor endossam seus candidatos nas convenções nacionais, que ocorrem de julho a setembro.
O número de delegados de cada estado é definido pela população (número de deputados + número de senadores). Ao todo, são 538. Para chegar à Casa Branca, o candidato precisa ter a maioria absoluta (pelo menos 270 votos).
Há, no entanto, uma peculiaridade no sistema: o número de delegados também não é proporcional aos votos gerais. Quem vencer em um estado fica com todos os seus delegados, mesmo que ali a eleição tenha sido apertada, com exceção do Nebraska e do Maine, que têm suas próprias regras eleitorais e onde os votos podem ser divididos.
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