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Assessor de Netanyahu é preso suspeito de vazar informações sigilosas

Benjamin Netanyahu na ONU Imagem: Reprodução/YouTube

Do UOL, em São Paulo

04/11/2024 15h53Atualizada em 04/11/2024 15h53

Um homem apontado como importante assessor do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi preso suspeito de vazar informações sigilosas para a imprensa. A informação sobre a prisão foi tornada pública no domingo (3), segundo a CNN.

O que aconteceu

Eliezer Feldstein está entre várias pessoas detidas pelo suposto vazamento. A polícia investiga uma possível atuação do gabinete de Netanyahu na divulgação da alegação de que o Hamas estaria planejando contrabandear reféns para fora de Gaza pela fronteira do Egito e causar divisões na população israelense para pressionar o primeiro-ministro sobre um cessar-fogo.

Informações foram retiradas dos sistemas militares e "emitidas ilegalmente", diz a ordem judicial sobre a prisão. Esse suposto vazamento teria prejudicado a articulação de Israel para libertar reféns mantidos pelo Hamas em Gaza.

Um porta-voz de Netanyahu negou à CNN que tenha havido vazamentos. "[A] pessoa em questão nunca participou de discussões relacionadas à segurança", disse, se referindo a Feldstein.

Oposição acusa Netanyahu de sabotar acordo por reféns. Yair Lapid, líder da oposição ao partido de Netanyahu no Senado, acusou o escritório do primeiro-ministro de "falsificar documentos secretos para torpedear a possibilidade de um acordo de reféns - para moldar uma operação de influência da opinião pública contra as famílias dos reféns".

Se Netanyahu não sabia que seus assessores próximos estavam roubando documentos, operando espiões dentro das FDI, falsificando documentos, expondo fontes de inteligência e passando documentos secretos para jornais estrangeiros para impedir o acordo de sequestro - o que ele sabe?
Yair Lapid, líder da oposição no Senado, no X

Famílias de reféns já acusaram primeiro-ministro de sabotagem. "Netanyahu não tem autoridade para abandonar os cativos sob o pretexto de lançar uma guerra no norte", disseram em uma coletiva de imprensa em setembro, em Tel Aviv. O primeiro-ministro seria responsável ainda por "ignorar as vidas de seus parentes mantidos em Gaza e escolhendo, em vez disso, aumentar as tensões em várias frentes."

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