Trump se recusa a responder sobre aborto: 'Devia parar de falar sobre isso'
O candidato republicano à presidência, Donald Trump, se recusou a dizer como votou sobre o direito ao aborto após ser questionado por uma repórter, hoje na Flórida.
O que aconteceu
"Você devia parar de falar sobre isso", disse Trump à repórter. Em coletiva de imprensa após votar em Palm Beach, na Flórida, ele foi questionado duas vezes sobre como votou na decisão sobre aborto. Na primeira vez, evitou a pergunta e disse que gostou que a decisão tenha passado a ser dos eleitores, e não da Suprema Corte. Na segunda vez, respondeu mais agressivamente, sugerindo que a repórter parasse de questioná-lo sobre o assunto.
Voto no estado decide se legisladores podem aumentar restrições contra o aborto. A cédula usada na Flórida questiona se o eleitor aprova ou desaprova que legisladores passem leis que penalizem, proíbam, atrasem ou restrinjam abortos no estado. Caso a maioria dos eleitores escolha o não, se mantém o limite de seis semanas para a realização de abortos no estado.
Trump já considerou tempo limite para aborto no estado como curto. Em entrevista à Fox News, em agosto, disse: "Acho que seis semanas, você precisa de mais tempo".
Flórida é um dos dez estados que decide sobre direitos reprodutivos. Eleitores do Arizona, Colorado, Maryland, Missouri, Montana, Nebraska, Nevada, Nova York e Dakota do Sul decidirão se o aborto deve ou não ser legalizado e definir até qual período da gestação o procedimento poderá ser realizado.
Pesquisas indicam que eleitores consideram a lei de aborto na Flórida restritiva demais. Um levantamento da CBS News/YouGov aponta que 56%, em sua maioria mulheres, consideravam as leis locais muito estritas. Uma pesquisa do The New York Times/ Siena College mostrou que 46% dos eleitores desaprovava que legisladores aumentassem as limitações sobre aborto no estado.