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Netanyahu admite que deu aval para ação com pagers no Líbano, diz porta-voz

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em Campinas (SP)

10/11/2024 14h20Atualizada em 10/11/2024 15h07

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, admitiu neste domingo (10) ter ordenado o ataque com pagers bomba a integrantes do grupo extremista libanês Hezbollah em setembro, informou seu porta-voz, Omer Dostri.

O que aconteceu

Netanyahu afirmou que havia autorizado esta operação, que até então não havia sido reivindicada, indicou Dostri. A fala aconteceu em uma reunião no Conselho de Ministros.

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Objetivo principal era eliminar o líder do grupo libanês Hassan Nasrallah, que acabou morto dias depois. O jornal Times of Israel afirma que a operação foi autorizada por Netanhayu mesmo com a oposição de líderes militares. Um deles seria o ex-ministro Yoav Gallant, demitido na última quarta-feira (6).

Ao menos 37 pessoas morreram no ataque. Além de alvos do Hezbollah, pessoas que estavam próximas aos integrantes também morreram com as explosões dos dispositivos portáteis.

A ideia do ataque teria surgido em 2022. A informação é do jornal The Washington Post, que ouviu, em outubro, autoridades dos EUA, Israel e Oriente Médio. Plano contou com agentes em diversos países ainda em tempos de relativa tranquilidade na fronteira Israel e Líbano, e antes do ataque de Hamas de 7 de outubro do ano passado.

Mossad, a inteligência militar israelense, trabalhou durante anos para se infiltrar no grupo com informantes humanos e monitoramento eletrônico. O Hezbollah conhecia este risco e se preocupava com a vigilância israelense, temendo que celulares pudessem funcionar como dispositivos de escuta e rastreamento por Israel.

Plano era desconhecido por muitas autoridades israelenses até 12 de setembro. Neste dia, Netanyahu convocou uma reunião de inteligência para discutir possíveis ações contra o Hezbollah. Nela, os funcionários do Mossad apresentaram a operação.

* Com AFP

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