Ataque a israelenses em Amsterdã foi combinado em apps: 'Caça aos judeus'
O ataque antissemita que deixou ao menos cinco torcedores de um time israelense feridos em Amsterdã foi premeditado e planejado em aplicativos de mensagem.
O que aconteceu
Conversas aconteceram em grupos no WhatsApp e Telegram e foram divulgadas por jornais norte-americanos e britânicos. Segundo o The Wall Street Journal e o Telegraph, as mensagens foram trocadas na quarta-feira (7), um dia antes da partida do Maccabi Tel Aviv contra o Ajax.
"Amanhã, após o jogo, teremos a parte dois da Caça aos Judeus", diz uma das mensagens. O termo "Caça aos Judeus" é usado para designar uma série de ataques cometidos pelos nazistas em 1941, durante a Segunda Guerra.
Em outro grupo, participantes perguntam quem poderia levar fogos de artifício. Eles também se referem aos israelenses como "cachorros com câncer",
"Chocante e desprezível", diz prefeita de Amsterdã. Femke Halsema, que já tinha afirmado que a polícia investigava se os ataques foram premeditados, também confirmou a existência das mensagens e afirmou que o caso "é uma vergonha".
Grupo supostamente ligado aos ataques foi banido, diz Telegram. Ao Wall Street Journal, a plataforma afirmou que está "preparada para colaborar com as autoridades holandesas".
Ataque deixou presos e feridos
Confusão ocorreu após manifestantes pró-palestina irem até o estádio Johan Cruyff, onde jogo de time israelense era realizado. No local, discussões e agressões foram registradas.
Cinco pessoas foram hospitalizadas. Além dos feridos, 62 suspeitos de envolvimento com os atos violentos foram presos. Segundo a imprensa israelense, 3.000 torcedores israelenses foram até a Holanda para assistir ao jogo entre Ajax Amsterdam e Maccabi Tel Aviv. O time israelense perdeu de 5 a 0.
Ativistas denunciam agressões. Segundo a agência de notícias Ansa, ativistas que participaram dos protestos e presenciaram a confusão no local contaram que os "hooligans" israelenses destruíram bandeiras e cuspiram em mulheres de hijab.
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