Promotor desiste de ação contra Trump por suposta interferência eleitoral
O promotor Jack Smith pediu, nesta segunda-feira (25), que seja rejeitada a denúncia contra o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, por suposta conspiração para alterar os resultados das eleições 2020.
O que aconteceu
Smith afirmou ao juiz que preside o caso que o processo deveria ser descartado após a eleição do republicano. O promotor citou uma política do Departamento de Justiça sobre não processar um presidente em exercício.
O promotor também pediu que seja rejeitada a denúncia que acusava Trump de guardar documentos confidenciais após perder a disputa em 2020. Smith retirou o recurso contra uma decisão de um juiz distrital nomeado por Trump que havia rejeitado a acusação no início deste ano.
A equipe de Jack Smith ressaltou que o abandono dos casos não tem relação com o mérito das denúncias. "Essa proibição é categórica e não depende da gravidade dos crimes imputados, da força das provas ou dos méritos da acusação", escreveram os promotores, em documento citado pela Associated Press.
Outros dois réus, porém, continuam respondendo ao processo sobre os documentos confidenciais. "Nenhum princípio de imunidade temporária se aplica a eles", explicaram os promotores, citando Walt Nauta, manobrista do republicano, e Carlos de Oliveira, gerente de propriedade de Mar-a-Lago, resort de Trump.
Trump criticou um suposto aparelhamento do Estado contra ele e comemorou a decisão. "Foi um sequestro político e um ponto baixo na história do nosso país que tal coisa pudesse ter acontecido, e, ainda assim, eu perseverei, contra todas as probabilidades, e ganhei. Faça a América grande novamente!", escreveu nas redes sociais.
Atriz pornô
Na semana passada, Donald Trump conquistou mais uma vitória na Justiça após a eleição. O juiz do julgamento em Nova York sobre pagamentos ocultos à atriz pornô Stormy Daniels suspendeu na quinta-feira (21), por tempo indeterminado, a sentença marcada para 26 de novembro.
Juan Merchan autorizou os advogados do presidente eleito a apresentar um recurso até 2 de dezembro para anular o processo. Com isso, ele suspendeu a sentença, conforme solicitado pela defesa do presidente eleito.
Trump foi condenado em maio nesse caso por "falsificação contábil agravada para ocultar uma conspiração para alterar a eleição de 2016". Na terça-feira (19), o escritório do promotor público de Manhattan abriu caminho para o novo adiamento.
*Com informações da AFP
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