Governo da Austrália proíbe acesso a redes socias por menores de 16 anos
Do UOL
29/11/2024 09h52
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A Austrália aprovou hoje a proibição do acesso de menores de 16 anos às redes sociais, incluindo Instagram, TikTok e Facebook. Regras diferentes para WhatsApp e YouTube estão em discussão.
A lei obrigará as empresas de tecnologia a tomar "medidas razoáveis" para impedir que os adolescentes tenham uma conta em suas plataformas. A multa para descumprimento da determinação chega ao equivalente a quase R$ 200 milhões.
Empresas do setor qualificaram a iniciativa de plataformas como "precipitada", "problemática" e "imprecisa". Antes da votação, o premiê Anthony Albanese, de centro-esquerda, descreveu as redes sociais como "plataformas onde se exerce pressão de grupo, gatilhos de ansiedade, canais para os golpistas e, o pior de tudo, uma ferramenta para os predadores online". Analistas ouvidos pela agência de notícias France Presse, porém, expressaram dúvidas sobre a viabilidade técnica de colocar a proibição em prática.
México: Não haverá guerra tarifária
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse nessa quinta-feira que não haverá uma "guerra tarifária" com os Estados Unidos. A declaração foi feita um dia após conversa telefônica com Donald Trump, que afirmou na segunda-feira que iria impor uma sobretaxa de 25% sobre importações do México e do Canadá em retaliação contra a entrada nos EUA de migrantes e drogas.
Sheinbaum disse que, na ligação, discutiu com o presidente eleito "o fundamento pelo qual ele propôs aumentar as tarifas". "O importante era atender à medida que ele adotou", afirmou. "Não falamos então sobre as tarifas, isso já não foi colocado dessa maneira."
Ainda nesta quinta, o presidente Biden disse esperar que Trump reveja a decisão anunciada de impor as sobretaxas. "Espero que ele repense. É uma coisa contraproducente."
Toque de recolher no Líbano
O Exército de Israel impôs um toque de recolher no sul do Líbano na noite de ontem, um dia após a entrada em vigor de um cessar-fogo com o Hezbollah. "É estritamente proibido se deslocar ou viajar ao sul do rio Litani das 17h às 7h", dizia o post em árabe na rede social X do porta-voz do Exército de Israel.
O Líbano acusou Israel de violar "várias vezes" o cessar-fogo. Israel admitiu ter bombardeado o que chamou de "uma instalação usada pelo Hezbollah para armazenar foguetes de médio alcance". Na TV, Netanyahu ameaçou ordenar "uma guerra intensiva em caso de violação do cessar-fogo".
Ainda ontem, o governo libanês divulgou um balanço, dizendo que até terça-feira o conflito deixou 3.961 mortos e 16.520 feridos no país. Segundo números da Universidade de Tel Aviv, do lado israelense houve 118 mortos, 45 civis e 73 militares.
América Latina menos populosa
A população da América Latina e do Caribe cresceu 3,8% menos do que o previsto nos últimos 20 anos e chegou a 663 milhões de pessoas, segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
O estudo também mostra que a fecundidade das mulheres na região teve uma "queda sem precedentes" de 5,8 na década de 1950 para 1,8 filho por mulher atualmente. Ao mesmo tempo, a população está envelhecendo em ritmo acelerado. Há 70 anos, metade da população tinha 18 anos de idade; hoje estima-se que a média seja de 31 anos.
"O envelhecimento afeta todas as áreas da política pública e, sobretudo, causa um aumento na demanda por serviços de cuidados de longo prazo", alerta a comissão.
Inflação sobe na Europa
A inflação na zona do euro subiu pelo segundo mês consecutivo e chegou a 2,3% em novembro, superando a meta de 2% do Banco Central Europeu. O resultado veio dentro das expectativas do mercado e não afetaram as previsões de queda de juros de 0,25 ponto percentual, para 3% ano ano, na próxima reunião do BCE, no dia 12.
Nos EUA, a inflação de outubro, a mais recente já divulgada, também mostrou aceleração para 2,6% ante 2,4% em setembro.
Coreias sob neve
A Coreia do Sul voltou a enfrentar fortes nevascas nesta quinta-feira. Desde quarta, pelo menos cinco pessoas morreram. Em partes da capital Seul, a neve acumulada nas ruas chegou a 40 centímetros e mais de 140 voos foram cancelados.
A precipitação de neve excepcionalmente alta para o mês de novembro é uma das maiores já registradas no país. O fenômeno é atribuído ao aquecimento anormal dos mares a oeste da península coreana, que encontraram correntes de ar frio.
A vizinha Coreia do Norte também recebeu mais de 10 centímetros de neve em algumas áreas entre terça e quarta-feira, segundo a emissora estatal Korean Central Television.