Mercosul e União Europeia fecham acordo de livre comércio após 25 anos
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O Mercosul e a União Europeia assinaram nesta manhã o texto do acordo de livre comércio entre os dois blocos, após cerca de 25 anos de negociações. "Estamos enviando mensagem poderosa ao mundo. Democracias podem se apoiar mutuamente", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Se ratificado, o acordo criará a maior área de livre comércio do mundo, com mais 700 milhões de habitantes. O tratado, no entanto, ainda terá de passar, do lado europeu, pelo Conselho da Europa e pelo Parlamento. Alemanha e Espanha pressionam pela aprovação. França e Polônia são contra e tentam conseguir o apoio da Itália, que nas últimas semanas expressou dúvidas sobre o texto.
Sem a Itália, a aprovação no Conselho seria muito difícil. A aprovação pelos países do Mercosul é dada como certa. Saiba mais.
Síria: "Assad é o alvo"
Os rebeldes sírios liderados pelo grupo Hayat Tahrir al Sham (HTS) tomaram ontem a cidade de Hama e avançam rapidamente em direção a Homs, a terceira maior e a última grande cidade no caminho para a capital, Damasco. As aviações síria e russa bombardearam uma ponte e a estrada entre Hama e Homs, mas as forças rebeldes têm enfrentado pouca resistência em solo.
Em entrevista à CNN, Abu Mohamed al-Jolani, líder do HTS ex-representante da Al Qaeda na Síria, afirmou que o objetivo é derrubar o governo de Bashar al-Assad. "Temos o direito de utilizar todos os meios disponíveis para alcançar essa meta." A ofensiva relâmpago da oposição teve início na quarta da semana passada e já deixou 826 mortos, incluindo 111 civis, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
Presidente da Coreia abandonado
O líder do partido do presidente sul-coreano retirou o apoio da legenda ao mandatário um dia antes da votação do impeachment pelo Parlamento. "Levando em consideração os novos fatos, acho que é necessária uma rápida suspensão de funções do presidente Yoon Suk Yeol para proteger a República da Coreia e sua população."
A iniciativa deixa o Yoon praticamente sem defensores na Assembleia Nacional. O pedido de impeachment de Yoon Suk Yeol foi feito após sua tentativa fracassada de impor uma lei marcial no país. Han Dong-hoon afirmou que há "indícios confiáveis" de que Yoon ordenou a detenção de "políticos importantes" durante o que foi classificado pela oposição como uma tentativa de golpe. O próprio líder do PPP estaria entre os alvos. O presidente nega.
Macron sob pressão
Emmanuel Macron foi à TV francesa ontem à noite para dizer que não renunciará. "O mandato que vocês me confiaram democraticamente é de 5 anos, e o cumprirei integralmente até o final", em 2027. Partidos de direita e de esquerda pediram a renúncia de Macron após após a destituição do primeiro-ministro, Michel Barnier, pela Assembleia na quarta-feira.
A oposição culpa o presidente pelo impasse político provocado pela convocação de eleições antecipadas por ele, que deixou o parlamento dividido entre três partidos minoritários. Em sua fala, o líder francês respondeu afirmando que "a extrema direita e a extrema esquerda se uniram" para provocar a queda de Barnier e semear "a desordem".
Fogo no Brasil
Os incêndios florestais nas Américas, incluindo áreas do Pantanal e da Amazônia no Brasil, foram responsáveis pela maior quantidade de emissões de carbono por queimadas no mundo em 2024, segundo um boletim divulgado ontem pelo observatório europeu Copernicus.
O documento cita especificamente o sul da Amazônia e o estado do Mato Grosso do Sul. O Copernicus estima que os incêndios florestais liberaram 176,6 megatoneladas de CO2 em 2024 na Amazônia brasileira.
"Esses incêndios tiveram repercussões a nível continental na qualidade do ar, com altas concentrações de partículas e outros contaminantes que persistiram durante várias semanas", disse Mark Parrinton, do Serviço de Monitoramento da Atmosfera do Copernicus (CAMS). Também houve emissões acima da média na Eurásia Oriental, incluindo a região dentro do Círculo Polar Ártico.
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