Conteúdo publicado há 1 mês

Israel lança ataque aéreo contra território sírio após queda de Assad

Israel lançou uma série de ataques aéreos contra o território sírio após a queda de Bashar al-Assad.

O que aconteceu

Ministro diz que objetivo era destruir armas antes que elas pudessem ser usadas por rebeldes. "O único interesse que temos é a segurança de Israel e de seus cidadãos. É por isso que atacamos sistemas de armas estratégicas, como, por exemplo, armas químicas restantes, ou mísseis e foguetes de longo alcance, para que não caiam nas mãos de extremistas", afirmou Gideon Saar, das Relações Exteriores.

Ele também afirmou que a presença de tropas israelenses em uma zona desmilitarizada nas Colinas de Golã é uma medida "limitada e temporária". A ordem partiu do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu após rebeldes tomarem o poder na Síria.

Imagens divulgadas pelo Exército de Israel mostram os blindados avançando sobre o território sírio. As Colinas de Golã foram tomadas da Síria por Israel em 1967 e anexadas unilateralmente em 1981. A Jordânia, que faz fronteira com o território, denunciou a medida. "É uma violação do direito internacional, uma escalada inaceitável e uma ofensa à soberania de um Estado árabe".

Netanyahu comemorou a queda de Assad, dizendo que sua saída foi resultado direto das ações de Israel na região, mas especialistas dizem se tratar de uma consequência não intencional. No início da ofensiva rebelde na Síria, Netanyahu alertou Assad que ele estava "brincando com fogo" ao apoiar o Hezbollah e ajudar a transferir armas para o Líbano.

Tomada de Damasco e deposição de Assad

População apoia grupo rebelde em tomada de Damasco
População apoia grupo rebelde em tomada de Damasco Imagem: Mohammed Nammoor/Anadolu via Getty Images

A ofensiva na Síria foi lançada pelos insurgentes em 27 de novembro. Eles assumiram rapidamente o controle de Aleppo, a segunda maior cidade do país, localizada no noroeste, e de Hama, no centro. Os radicais tomaram do governo o controle da província de Daraa, no sul.

Rebeldes sírios anunciaram na manhã de domingo (noite de sábado no Brasil) que obtiveram o controle total sobre Homs, a terceira maior cidade do país e localizada ao norte de Damasco. Ao mesmo tempo, eles avançaram pelo território.

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A ação teria ocorrido depois que as forças de segurança deixaram Homs às pressas após queimar documentos, informou a Reuters. Prisioneiros foram soltos da penitenciária central de Homs. Na ocasião, o governo negou a tomada da cidade.

Um porta-voz de operações militares dos rebeldes sírios disse que, após Homs, eles seguiriam para Damasco. "Haverá uma nova Síria baseada na justiça. Não estamos enfrentando um exército de verdade, mas sim uma milícia", disse à Al Jazeera.

Por volta das 23h (de sábado, horário de Brasília; já domingo na Síria), as forças insurgentes anunciaram que entraram na capital. A ação teria ocorrido sem nenhum sinal de mobilização do exército. Ainda no sábado, eles disseram estar a 20 km de Damasco, mas o governo sírio havia dito que as suas forças de segurança estabeleceram um cordão "muito forte" ao redor da capital, chamando os relatos de campanha de desinformação.

Horas após a invasão, os rebeldes anunciaram a deposição do governo de Assad na Síria após 24 anos. Eles e apoiadores comemoraram e destruíram imagens e estátuas do presidente.

Bashar al-Assad fugiu do país de avião cargueiro na madrugada de domingo antes da chegada das forças opositoras. Aliada de Assad, a Rússia deu asilo ao ditador deposto.

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