Rebeldes assumem o governo na Síria

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O primeiro-ministro sírio, Mohammed Jalali, anunciou a transferência pacífica de poder para o autodenominado "governo de salvação", liderado por Ahmed al-Sharaa, chefe do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS).

Al-Sharaa, que abandonou o nome de guerra Abu Mohammed al-Golani, disse que anistiará e aproveitará funcionários do regime de Bashar al-Assad, derrubado no domingo, mas que oficiais responsáveis por atos de violência na repressão à oposição serão punidos.

Segundo o governo russo, o Conselho de Segurança da ONU decidiu ontem em reunião fechada trabalhar pela manutenção da integridade territorial da Síria. Os governos da França e da Alemanha, que classificam o HTS como um grupo terrorista, anunciaram a disposição de dialogar com o novo governo.

Assassinato em Nova York

A promotoria de Nova York denunciou Luigi Mangione, um engenheiro de 26 anos, pelo assassinato do CEO da seguradora UnitedHealthcare, Brian Thompson, na semana passada.

Mangione foi preso ontem em Altoona, na Pensilvânia, por posse de arma e com documentos falsos que contêm informações que coincidem com as usadas pelo assassino em um hostel nova-iorquino. Mangione também carregava um manifesto com críticas às seguradoras de saúde em que confessava o crime.

Ele estava em uma loja do McDonald's e foi reconhecido por um funcionário, que chamou a polícia. Segundo amigos, Mangione sofria de dores insuportáveis nas costas, provocadas por um grave problema na coluna e havia se afastado do convívio social nos últimos meses.

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Luigi Mangione, engenheiro de 26 anos denunciado pelo pelo assassinato do CEO da seguradora UnitedHealthcare, em Nova York
Luigi Mangione, engenheiro de 26 anos denunciado pelo pelo assassinato do CEO da seguradora UnitedHealthcare, em Nova York Imagem: Reprodução

Estímulo na China

O presidente chinês, Xi Jinping, disse hoje ter "total confiança em alcançar a meta de crescimento econômico deste ano e continuar desempenhando seu papel como o maior motor de crescimento econômico do mundo".

A declaração ocorre um dia após o país anunciar a maior mudança em sua política monetária em quase 15 anos anos, passando de "prudente" para "adequadamente frouxa". É a tentativa mais audaciosa de reverter a desaceleração econômica enfrentada pelo país desde a pandemia.

A mudança foi bem recebida pelos mercados. Ontem, o Ibovespa fechou em alta graças, em parte, à valorização de 5% das ações da Vale, que tem na China seu maior mercado.

Massacre no Haiti

O governo do Haiti confirmou nesta segunda-feira a morte de pelo menos 180 pessoas em Cité Soleil, nas imediações do porto de Porto Príncipe. Segundo a ONG Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos, quase todas as vítimas têm 60 anos ou mais.

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A ONG diz que as mortes foram ordenadas pelo chefe da Wharf Jeremie, um grupo criminoso local, pela suspeita de que seu filho teria adoecido e morrido vítima da bruxaria dos idosos da região. Em nota, o governo afirmou que "uma linha vermelha foi ultrapassada" e que "mobilizará todas as forças para localizar e aniquilar" os responsáveis, incluindo o líder da gangue Wharf Jeremie, Monel "Mikano" Felix.

Europa fecha as portas

Vários países europeus anunciaram a suspensão da análise de pedidos de asilo de refugiados sírios, após a queda do regime de Bashar al-Assad. A lista inclui Áustria, Alemanha, Bélgica, Suécia, Dinamarca, Noruega, Suíça, Reino Unido, Países Baixos e Itália. O governo francês também disse estar estudando a medida.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) pediu "paciência e vigilância", dada à incerteza da situação na Síria. A insatisfação popular com o grande afluxo de refugiados na Europa é um dos principais temas explorados por partidos de extrema-direita, que obtiveram avanços eleitorais relevantes na Europa nos últimos meses.

Israel ataca a Síria

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos afirmou que Israel realizou mais de 300 ataques aéreos à Síria desde domingo. Segundo a BBC, a capital Damasco foi atingida várias vezes nesta madrugada.

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Ontem, a ONU afirmou que a invasão por tropas israelenses da zona desmilitarizada da Síria que separa as Colinas de Golã, ocupadas por Israel, do restante do território sírio "constitui uma violação" do acordo de retirada de 1974.

Israel justificou os ataques e o deslocamento de tropas dizendo que ações visam evitar que "grupos radicais" se apoderem do equipamento militar sírio ou que invadam a região desmilitarizada.

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