Macron nomeia François Bayrou como o novo primeiro-ministro da França
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Emmanuel Macron nomeou François Bayrou, um veterano político de centro, como o novo primeiro-ministro da França nesta manhã (início da tarde em Paris). O líder do partido Movimento Democrático substituirá o conservador Michel Barnier, que renunciou na semana passada depois que a extrema-direita e a esquerda se uniram para aprovar uma moção de desconfiança contra o governo.
Bayrou tem agora a difícil tarefa de construir uma maioria relativa estável na dividida Assembleia Nacional. Após o anúncio de sua nomeação, líderes de pelo menos dois partidos já foram às redes sociais anunciar a apresentação de moções de desconfiança contra o futuro governo.
China patina
O anúncio do governo chinês da intenção de afrouxar a política monetária e adotar medidas de estímulo ao consumo doméstico não foi suficiente até agora para convencer os investidores de que o país está no caminho de uma recuperação econômica robusta. Algumas das principais bolsas da Ásia fecharam em forte queda nesta sexta: 1,8% em Hong Kong e 2,4% em Shanghai.
Na principal conferência econômica anual do Partido Comunista chinês, que terminou hoje, o presidente Xi Jinping reafirmou a meta de crescimento do país de 5% neste ano. No entanto, Gao Shanwen, um dos mais influentes analistas da economia do país, diz que a China pode estar crescendo a um ritmo real de apenas 2% e projeta, no máximo, entre 3% e 4% para os próximos anos.
Israel ficará na Síria
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ordenou às tropas que invadiram a Síria a se "preparar para permanecer" no território do país vizinho durante os próximos meses. Depois da queda de Bashar Al Assad, soldados israelenses entraram em uma área desmilitarizada e sob supervisão da ONU, que fica entre as Colinas de Golã, invadidas por Israel em 1967, e o restante do território sírio.
A iniciativa foi justificada pelo que Israel chamou de necessidade de evitar a tomada da área por rebeldes hostis. As forças armadas do país também realizaram mais de 300 ataques aéreos na Síria. O porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou nesta semana que a ação nas Colinas de Golã é uma violação por Israel do acordo de 1974 com a Síria sobre a desmilitarização da faixa de fronteira.
Aliança regional contra o crime
O BID anunciou a criação de um programa de combate ao crime organizado que reúne 16 países da América Latina e Caribe, incluindo o Brasil, mas ainda sem a participação de México e Colômbia.
Para 2025, o banco colocará R$ 1 bilhão à disposição para projetos que se enquadrem na iniciativa e buscará doadores públicos e privados para aumentar esse valor. O programa prevê ainda o compartilhamento de registros criminais entre os países e reuniões para debater temas como a lavagem de dinheiro ligada à mineração ilegal na Amazônia.
De acordo com dados da instituição, o crime custa por ano o equivalente a 3,4% do PIB da região. "A segurança precisa ser parte da solução para o nosso progresso econômico", afirmou Ilan Goldfajn, presidente do BID e ex-presidente do BC brasileiro.
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Quero receberDinheiro para a guerra
Os países europeus da OTAN estão discutindo aumentar seus orçamentos militares em 50%, de 2% para 3% do PIB, segundo o jornal Financial Times. A decisão final deve ser tomada na reunião de cúpula da organização, em junho.
A iniciativa é uma resposta ao temor de uma Rússia mais agressiva e à ameaça de Donald Trump de reduzir a ajuda militar americana à Europa. O secretário-geral, Mark Ruthe, não confirmou os valores, mas confirmou as discussões.
"É hora de mudarmos para uma mentalidade de guerra. E acelerar nossa produção e gastos com defesa [...] é uma prioridade máxima", disse Ruthe. "O perigo está avançando em nossa direção a toda velocidade."
Venezuela liberta prisioneiros
O governo da Venezuela anunciou que libertou mais de 300 pessoas detidas nas manifestações que acusam o governo de ter fraudado a apuração da eleição de julho que reconduziu o presidente, Nicolás Maduro, ao cargo. A ONG Fórum Penal, no entanto, afirma que o número é bem menor: 190 detidos.
No total, mais de 2.400 pessoas foram presas durante os protestos, que deixaram 28 mortos e quase 200 feridos. O anúncio ocorre a cerca de um mês da posse nos EUA de Donald Trump, que nomeou políticos com conhecidas posições contra a esquerda na América Latina para os principais cargos de política externa e defesa.
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