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Deputados aprovam impeachment do presidente da Coreia do Sul

Yoon Suk Pelo, presidente da Coreia do Sul, sofreu impeachment Imagem: Chung Sung-Jun/Pool via REUTERS/File Photo, via Band

Do UOL, em São Paulo

14/12/2024 05h54Atualizada em 14/12/2024 09h05

O Parlamento da Coreia do Sul aprovou neste sábado (14) o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol. A destituição de Yoon ocorreu 11 dias depois de ele promover uma tentativa fracassada de autogolpe.

O que aconteceu

O impeachment foi aprovado por 204 votos a favor e 85 contra. Eram necessários 200 votos do Parlamento, que tem 300 deputados.Três parlamentares se abstiveram e oito votos foram considerados inválidos.

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O primeiro-ministro Han Duck-soo, que foi nomeado por Yoon, torna-se presidente interino, de acordo com a Constituição sul-coreana.

O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul tem até 180 dias para decidir se Yoon será removido do cargo. Se isso ocorrer, uma nova eleição será convocada.

Yoon, que recentemente instaurou e revogou a lei marcial em um curto período, enfrenta uma investigação criminal por "rebelião" e está proibido de deixar o país.

Onde tudo começou

O presidente da Coreia do Sul decretou a lei marcial no país no último dia 3 e recuou horas depois. Yoon Suk Yeol justificou que a decisão era necessária para proteger o país de "forças comunistas" em meio a constantes disputas com o parlamento, controlado pela oposição. A medida surpreendente ocorreu no momento em que o Partido do Poder Popular de Yoon e o Partido Democrático, principal legenda de oposição, travam uma queda de braço em relação ao projeto de lei orçamentária do próximo ano.

Duras proibições foram anunciadas. "Todas as atividades políticas, incluindo as da Assembleia Nacional, dos conselhos locais, dos partidos políticos e das associações políticas, bem como assembleias e manifestações, são estritamente proibidas", disse comunicado do governo sul-coreano.

Os meios de comunicação estavam sujeitos a controle. "Para proteger a Coreia do Sul liberal das ameaças impostas pelas forças comunistas da Coreia do Norte e para eliminar elementos antiestatais", disse o presidente. Anúncio foi feito em um discurso televisionado ao vivo para a nação. Yoon Suk Yeol não especificou quais ameaças seriam essas.

Parlamento foi fechado. Em resposta, o presidente da casa legislativa afirmou que faria uma sessão de urgência na noite de terça para debater o anúncio do presidente. O parlamento, com 190 de seus 300 membros presentes, aprovou uma moção exigindo que a lei marcial declarada pelo presidente Yoon Suk Yeol fosse suspensa, mostrou a TV ao vivo.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que publicado na 1ª versão deste texto, o Tribunal Constitucional da Coreia do Sul tem 180 dias para decidir se Yoon será removido do cargo, não 60 dias.

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