Explosivo ucraniano que matou comandante russo foi colocado em patinete

O comandante da divisão de armas químicas do Exército russo morreu após um dispositivo colocado em um patinete explodir nesta terça-feira (17) em Moscou. O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) reivindicou o ataque.

O que aconteceu

Igor Kirillov foi morto junto a um assistente na frente de um prédio. O caso aconteceu na madrugada desta terça-feira (17), segundo o Comitê de Investigação da Rússia.

A entrada do edifício sofreu danos consideráveis e as janelas de vários apartamentos quebraram, segundo imagens divulgadas pela imprensa russa. Os investigadores seguiram para o local e iniciaram análises para estabelecer "todas as circunstâncias" do incidente, segundo o comitê.

Fonte ucraniana confirmou autoria do atentado à AFP algumas horas depois da explosão. "O atentado com bomba perpetrado hoje contra o tenente-general Igor Kirilov, comandante das forças de defesa radiológicas, químicas e biológicas das Forças Armadas russas, foi uma operação especial do SBU [Serviço de Segurança da Ucrânia]", afirmou a fonte.

No cargo desde 2017, ele é o oficial militar russo de maior escalão que morreu em Moscou desde o início da ofensiva do Kremlin na Ucrânia, há quase três anos. O comandante já foi objeto de sanções do Reino Unido em outubro pelo suposto uso de armas químicas na Ucrânia.

Comandante Igor Kirillov foi morto em ataque reivindicado pela Ucrânia
Comandante Igor Kirillov foi morto em ataque reivindicado pela Ucrânia Imagem: Reprodução de vídeo

"Crime sem precedentes", diz jornal. A publicação local Kommersant, lembrou que, apesar de não ser o comandante mais importante para Putin, Kirilov acusou os Estados Unidos de ajudar a Ucrânia a manter laboratórios de armas biológicas.

Punição "sem piedade". Enquanto a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, lamentou a perda de um "general corajoso que nunca se escondeu nas costas dos demais", o vice-presidente do Conselho da Federação, a Câmara Alta do Parlamento russo, Konstantin Kosashev, prometeu que "os assassinos serão punidos, sem nenhuma dúvida e sem piedade". As publicações foram feitas no Telegram.

Fonte ucraniana chama Kirilov de criminoso de guerra. À AFP, o membro do SBU afirmou que ele era "um alvo absolutamente legítimo, porque ordenou o uso de armas químicas proibidas contra os soldados ucranianos".

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O comandante das forças russas de defesa radiológica, química e biológica, Igor Kirilov, e seu auxiliar morreram na explosão.
Comitê de Investigação da Rússia, em comunicado

O assassinato desta terça-feira aconteceu um dia após o presidente russo, Vladimir Putin, elogiar o avanço de suas tropas na frente de batalha no final de um ano "crucial". O Exército russo avançou no leste da Ucrânia em seu ritmo mais acelerado desde as primeiras semanas da ofensiva, iniciada em fevereiro de 2022.

Rússia e Ucrânia tentam melhorar suas posições no campo de batalha antes da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu acabar com o conflito.

*Com informações da AFP

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