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Trump pede que Suprema Corte suspenda caso sobre pagamento a atriz pornô

Atriz pornô Stephanie Clifford, também conhecida como Stormy Daniels, processa o presidente Donald Trump Imagem: Joshua Roberts/Reuters

Do UOL, em São Paulo

08/01/2025 10h45

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu à Suprema Corte dos EUA que suspenda os procedimentos criminais do processo sobre pagamentos secretos à atriz pornô Stormy Daniels.

O que aconteceu

Pedido foi feito após que um tribunal de recursos de Nova York rejeitar tentativa do republicano de suspender o anúncio da sentença do caso em que foi condenado. O anúncio está marcado para sexta-feira, 10 dias antes de Trump assumir oficialmente a presidência.

Juiz de Nova York decidiu que sentença de Trump deve prosseguir, apesar de sua posse. Na segunda-feira (6), Juan Merchan rejeitou o argumento do advogado do republicano, que alegava que a vitória eleitoral dele deveria encerrar o caso judicial.

Trump poderá comparecer à audiência de sentença virtualmente ou pessoalmente. Inicialmente, a sentença estava prevista para 11 de julho de 2024, antes das eleições, mas foi adiada. Analistas apontam que é "improvável" que ele seja preso.

Relembre caso

Trump foi condenado em maio por comprar o silêncio de Stormy Daniels por US$ 130 mil para esconder uma relação extraconjugal que poderia prejudicá-lo nas eleições de 2016. Naquele ano, o republicano venceu a candidata democrata Hillary Clinton.

O júri concluiu que Trump violou a lei ao falsificar registros comerciais para encobrir o pagamento. O juiz Juan Merchan presidia o julgamento que declarou Trump culpado por fraude contábil. A decisão tornou Trump o primeiro ex-presidente americano condenado criminalmente em maio deste ano —antes da disputa pela presidência.

Trump foi condenado por todas as 34 acusações de fraude contábil que pesavam contra ele no caso. O julgamento durou sete semanas e ouviu mais de 20 testemunhas.

Um mês após a condenação, a Suprema Corte tomou decisão que poderia beneficiar Trump. Eles decidiram que ex-presidentes não podem ser processados por ações realizadas durante o seu mandato e proibiu promotores de usar atos oficiais como provas.

Em dezembro, o juiz Merchan rejeitou o uso da decisão da Suprema Corte como argumento para anular a condenação. Em seu despacho, o magistrado afirma que a decisão da Suprema Corte de conceder imunidade aos presidentes por ações realizadas durante o mandato não pode ser aplicada neste caso do presidente eleito, pois os atos julgados ocorreram quando Trump não estava na Casa Branca, informou a emissora CNN.

*Com informações da AFP

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