Venezuela fecha fronteira com Brasil até segunda-feira (13)

O governo brasileiro anunciou nesta sexta-feira (10) que a fronteira da Venezuela com o Brasil ficará fechada entre hoje e a próxima segunda-feira (13). O anúncio ocorre no mesmo dia em que o presidente venezuelano empossado, o ditador Nicolás Maduro, assumiu o cargo pela terceira vez consecutiva, em meio a desconfiança sobre a vitória eleitoral.

O que aconteceu

Fechamento ocorreu "por decisão das autoridades venezuelanas". A informação foi divulgada em nota pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro nesta noite. Horas antes da posse, a Venezuela fechou sua fronteira com a Colômbia, denunciando uma "conspiração internacional".

Brasileiros poderão acionar os plantões consulares em caso de emergência. Os contatos disponibilizados foram da Embaixada do Brasil em Caracas (+58 414 3723337) e do Vice-Consulado em Santa Elena de Uairén (+58 424 9551570) —ambos contam com WhatsApp.

O governo venezuelano fechou as fronteiras com o Brasil nesta sexta-feira. A informação foi divulgada pela Polícia Militar de Roraima e confirmada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A fronteira entre os dois países, localizada na cidade de Pacaraima, em Roraima, está fechada desde manhã. Imagens enviadas pela Polícia Militar de Roraima, mostram a passagem fechada por cones e barras de metal, elas teriam sido colocadas por militares da guarda venezuelana.

A movimentação no local é "tranquila" e o fechamento já era esperado pela população. Segundo a assessoria da PM de Roraima, o movimento é comum durante eventos importantes no país vizinho.

Posse de Maduro

O presidente venezuelano Nicolás Maduro tomou posse nesta sexta-feira (10). Maduro ficará no poder até 10 de janeiro de 2031. O ditador está há quase 12 anos na presidência e seu governo ficou marcado por uma profunda crise econômica e social.

Governo chavista não divulgou as atas de votação até hoje. Em 2023, o governo Maduro se comprometeu a realizar eleições transparentes com a assinatura do Acordo de Barbados. Após o processo eleitoral, porém, esses dados oficiais nunca foram compartilhados.

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EUA diz que novo mandato de Maduro é "farsa" e diz que vai impôr novas sanções. Horas antes da posse, a Venezuela fechou sua fronteira com a Colômbia, denunciando uma "conspiração internacional". Maduro assume em meio a protestos da oposição e contestação de países do Ocidente, que acusam o governo de fraudar as eleições.

Governo Lula enviou sua embaixadora em Caracas, Glivânia de Oliveira, para a cerimônia. O governo mexicano também havia afirmado que iria enviar um representante.

Em evento após a posse, Maduro declarou ser "presidente constitucional" da Venezuela e disse não estar no cargo "como um covarde e entregue aos interesses imperiais". "Não acato ordens do imperialismo. Sou Nicolás Maduro Moros, homem do povo e dos bairros. Presidente constitucional, ratificado, juramentado, e comandante das Forças Armadas", afirmou durante o ato de reconhecimento e afirmação de lealdade de Maduro. O evento foi transmitido pelo VTV Canal 8, do país.

Cerimônia contou com juramentos das Forças Armadas, do povo e das polícias. Ele ainda ressaltou ser um "comandante-chefe constitucional orgulhoso dos militares da Venezuela". O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, estava no evento.

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