Israel suspende aprovação de cessar-fogo e mata mais 73 palestinos

Benjamin Netanyahu disse que seu governo não vai discutir hoje, como previsto, o acordo de cessar-fogo com o Hamas, anunciado ontem no Catar.

"O gabinete israelense não vai se reunir até que os mediadores notifiquem Israel de que o Hamas aceitou todos os elementos do acordo", disse em nota. O primeiro-ministro israelense, no entanto, não explicou que elementos seriam esses.

Em nota, o Hamas reafirmou que está comprometido com todos os termos do acordo.

A proposta, que tem início previsto para domingo, precisa ser aprovada pelo gabinete de segurança de Israel, composto por 11 ministros, dois deles de grupos ortodoxos, que se opõem ao fim dos ataques à Faixa de Gaza.

Depois dessa aprovação, o texto ainda tem de passar pelos 34 ministros que compõem o governo.

Ataque deixa 73 mortos em Gaza

Um ataque de Israel a uma escola que serve de abrigo na Faixa de Gaza deixou pelo menos 73 mortos ontem, segundo a Defesa Civil do território palestino. O bombardeio ocorreu após o anúncio do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

Segundo um porta-voz da Defesa Civil local, Mahmud Bassal, 20 crianças e 25 mulheres estavam entre as vítimas. Entre ontem e hoje, 81 palestinos foram mortos por Israel e 188 ficaram feridos em oito ataques, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.

O total de palestinos mortos por Israel desde outubro do ano passado chega a 46,8 mil - mais de 2% da população. Mais da metade dos edifícios do território foi destruída.

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A ofensiva israelense começou depois do ataque de 8 de outubro de 2023, liderado pelo Hamas, que deixou cerca de 1,2 mil mortos em Israel e fez 251 reféns.

As três fases do acordo de cessar-fogo

A primeira etapa do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas anunciado ontem no Catar tem três fases.

A primeira, de seis semanas, com início previsto para domingo, prevê a libertação de 33 reféns em posse do Hamas e de pouco mais de mil prisioneiros palestinos por Israel; o fim das hostilidades e a retirada dos soldados israelenses das áreas povoadas de Gaza e a entrada de ajuda humanitária no território

A segunda fase, também de seis semanas, prevê a libertação dos demais reféns pelo Hamas e de um número ainda não especificado de prisioneiros mantidos por Israel.

A terceira fase inclui a troca de corpos de reféns por palestinos mortos, um plano de reconstrução da Faixa de Gaza e o desbloqueio das fronteiras do território palestino para a passagem de pessoas.

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Imagem: Arte UOL

Biden alerta para risco de oligarquia nos EUA

Joe Biden disse que a democracia americana está sob a ameaça de uma "oligarquia", em uma referência velada à aparente influência de bilionários do setor de tecnologia, como Elon Musk, nos rumos do governo Trump.

"Hoje, uma oligarquia de extrema riqueza, poder e influência em formação na América ameaça toda a nossa democracia, nossos direitos básicos e nossa liberdade", disse Biden em discurso transmitido pela TV.

Ele também pediu aos americanos que "mantenham guarda" contra as ameaças dos oligarcas, da desinformação e da inteligência artificial durante o governo Trump.

E alertou para o que vê como ameaça à luta contra o aquecimento global. "A fim de servir aos seus próprios interesses de poder e lucro, forças poderosas querem usar sua influência sem controle para eliminar as medidas que tomamos para enfrentar a crise climática".

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Presidente é preso na Coreia dos Sul

Preso ontem, o presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, recusou-se a ser interrogado no processo em que é acusado de insurreição.

Ele também não compareceu a uma audiência no tribunal constitucional, que tem a tarefa de ratificar ou rejeitar seu impeachment, já aprovado pelo Parlamento. Yoon se tornou o primeiro chefe de Estado sul-coreano a ser preso.

Ele foi detido ontem, depois de várias tentativas frustradas, em sua residência em Seul, onde estava havia semanas sob proteção de apoiadores e militares leais.

Yoon é acusado de tentar um golpe fracassado em 3 de dezembro, quando decretou lei marcial e ordenou ao Exército que invadisse a Assembleia Nacional.

A insurreição é um crime que pode ser punido com a pena de morte na Coreia do Sul.

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João Fonseca é eliminado na Austrália

O tenista brasileiro João Fonseca foi eliminado do Aberto da Austrália nesta madrugada pelo italiano Lorenzo Sonego, 55º do ranking da ATP. Sonego venceu por 3 sets a 2, com parciais de 6-7, 6-3, 6-1, 3-6 e 6-3, em três horas e 36 minutos.

"Era minha primeira vez jogando cinco sets, sabia que seria uma batalha difícil. Acho que não joguei no meu melhor nível hoje, estava um pouco nervoso, até muito nervoso no segundo e no terceiro set", disse Fonseca.

Foi a primeira derrota depois de 14 vitórias seguidas do brasileiro de 18 anos, que eliminou o russo Andrey Rublev, 9° no ranking, na primeira rodada da competição.

Fonseca também foi campeão dos dois torneios anteriores que disputou.

As atuações recentes do brasileiro renderam elogios de campeões como Novak Djokovic e Carlos Alcaraz, que o chamou de "incrível".

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