Cessar-fogo dá esperança, mas não é acordo de paz definitivo, diz professor
O cessar-fogo entre Israel e Hamas dá uma primeira esperança para acabar com a guerra de mais de um ano, mas o acordo de paz ainda não é definitivo, explicou Maurício Santoro, professor de relações internacionais, em entrevista ao UOL News deste domingo (19).
Esse acordo de cessar-fogo é talvez a primeira esperança que a gente tem de colocar fim a uma guerra que já dura quase um ano e meio, começou ali em outubro de 2023 e que gerou uma série de tragédias, uma série de mortes, a gente tem uma estimativa de quase 50 mil mortes na faixa de Gaza, é um número muito alto no território onde vivem em torno de 2 milhões de pessoas.
É um primeiro passo o cessar-fogo, mas ele ainda não é um acordo de paz definitivo, ele vale só por 40 dias, existem ainda algumas incógnitas, algumas pendências, principalmente sobre qual é o futuro da Faixa de Gaza.
Se vai haver algum tipo de presença militar permanente de Israel. Corredores estratégicos na faixa de Gaza, se talvez volte uma colonização do norte da Faixa de Gaza, como é algo que os israelenses em alguns momentos já sinalizam que poderia acontecer.
E quem governaria a faixa de Gaza? Qual seria a organização? Seria, por exemplo, incorporada ao governo da autoridade palestina na Cisjordânia? Haveria novas eleições? Então existem muitas coisas ainda que estão em aberto.
Maurício Santoro
O cessar-fogo entre Israel e Hamas começou a valer a partir das 7h15 (horário de Brasília) deste domingo (19). Após 15 meses de guerra, as negociações definiram que a liberação de reféns e a desocupação de espaços ocorrerão em três fases a partir de hoje.
No entanto, se as negociações falharem, os bombardeios podem voltar a acontecer. Ainda neste domingo, autoridades de Israel confirmaram a libertação de três reféns mantidas pelo Hamas, como parte do acordo do cessar-fogo na guerra em Gaza. Em troca, Israel prepara a libertação de 90 prisioneiros palestinos que estão em seu poder.
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