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Embaixada do Brasil na República Democrática do Congo é atacada

Manifestantes nas ruas de Kinshasa, na República Democrática do Congo - Hardy Bope/AFP Manifestantes nas ruas de Kinshasa, na República Democrática do Congo - Hardy Bope/AFP
Manifestantes nas ruas de Kinshasa, na República Democrática do Congo Imagem: Hardy Bope/AFP

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

28/01/2025 21h33Atualizada em 28/01/2025 22h34

A embaixada do Brasil em Kinshasa, na República Democrática do Congo, foi alvo de ataques, afirmou o Ministério de Relações Exteriores nesta terça-feira (28). Funcionários da representação não foram atingidos.

O que aconteceu

Bandeira brasileira foi levada por manifestantes. "O Brasil confia em que o governo congolês envidará todos os esforços para controlar a situação", afirmou o ministério.

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Itamaraty declarou preocupação com situação no país. "Preocupam, em especial, a deterioração da situação humanitária e a perpetração de violência contra a população e infraestrutura civis", diz nota do órgão. Brasileiros devem acompanhar redes sociais da Embaixada em Kinshasa. "Mantenham-se informados sobre a situação de segurança nas áreas onde se encontram e evitem aglomerações", orienta o Itamaraty. É possível acionar o setor consular da embaixada pelo telefone (+243 (81) 268-6274) e o plantão consular geral do Itamaraty pelo número +55 (61) 98260-0610.

Embaixada do Brasil não foi único alvo. As da França, EUA, Uganda, Quênia e Ruanda também foram atacadas.

"Ataques inaceitaveis", disse o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot. Já o homólogo queniano, Musalia Mudavadi, disse que o país "está profundamente preocupado com os ataques contra os escritórios e o pessoal de nossa embaixada em Kinshasa".

Mais de cem pessoas morreram em conflitos entre milicianos e soldados. Além disso, cerca de mil pessoas ficaram feridas nos últimos três dias, segundo levantamento da AFP baseado em relatórios hospitalares da cidade, que possui cerca de um milhão de habitantes.

Manifestantes dominaram ruas na República Democrática do Congo. Rebeldes do grupo M23 tomaram hoje controle do aeroporto de Goma, após capturarem cidade em uma ofensiva que deixou corpos espalhados pelas ruas.

Situação é grave e instável em Goma, maior cidade ao leste do país. "Ainda há muitos tiros, incluindo armas pesadas, e muitos corpos nas ruas. Muitas pessoas foram mortas", lamentou Bruno Lemarquis, representante especial adjunto da ONU na RDC e coordenador das operações humanitárias, em entrevista à RFI.

Violência na RDC dura mais de três décadas. No momento, país vê a maior escalada violenta desde 2012. O conflito tem origens no genocídio ocorrido em 1994 em Ruanda, contra os tútsis, e à disputa pelo controle dos recursos minerais do país.

*Com Reuters e RFi


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