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Trump assina lei que libera deportação de imigrantes por crime não violento

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos - Reprodução Donald Trump, presidente dos Estados Unidos - Reprodução
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

29/01/2025 16h26

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a assinatura da primeira lei de seu mandato. O "Ato Laken Riley" força as autoridades americanas a prender e deportar imigrantes ilegais acusados ou condenados por crimes não violentos, como furto.

O que aconteceu

Congresso aprovou lei anti-imigrante na última quarta-feira (22). A medida foi aprovada pela Câmara dos Representantes, de maioria republicana, com 263 votos a favor e 156 contra. Cerca de 40 legisladores democratas apoiaram a iniciativa.

Com nova lei, autoridades deverão deter imigrantes por qualquer crime, mesmo que seja não violento. Assim, imigrantes devem ser presos caso tenham cometido "roubo, furto, roubo em lojas, agressão a um agente da lei ou qualquer crime que resulte em morte ou ferimentos corporais graves a outra pessoa".

Lei leva nome de estudante morta por imigrante. O projeto, chamado de "Ato Laken Riley", leva o nome de uma estudante de 22 anos assassinada por José Antonio Ibarra, um venezuelano de 26 anos em situação irregular, procurado por roubo em lojas. Ibarra foi condenado à prisão perpétua.

"É uma grande homenagem a ela [Laken Riley]", diz Trump. "Essa nova forma de crime, criminosos, imigrantes ilegais, é — é enorme, os números são enormes e você adiciona isso ao crime que já tínhamos", completou.

Democratas tiveram reações contrárias à promulgação da lei. O senador John Fetterman celebrou a aprovação de Trump, afirmando que "acredita que a nação está cansada de líderes em Washington priorizando brigas em vez do governo". Enquanto isso, a congressista Rashida Tlaib condenou o ato: "É vergonhoso que a primeira lei do novo Congresso coloque o alvo nas costas de milhões de nossos vizinhos".

Governo Trump tem meta diária de prisão de imigrantes. Segundo o Washington Post, Trump estaria decepcionado com um suposto baixo número de imigrantes presos. O presidente espera que os agentes do ICE capturarem entre 1.200 e 1.500 imigrantes ilegais todos os dias em todos os EUA.

Em 1° dia de governo, Trump declarou emergência nacional na fronteira com o México. Em outras ordens executivas, o republicano assinou outra ordem executiva para "proteger" os americanos "contra a invasão" de migrantes pela fronteira com o México, e mais uma para eliminar o direito à cidadania no nascimento. Esta última ordem foi bloqueada por um juiz federal, que a considerou "flagrantemente inconstitucional".


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