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Helicóptero militar fez jato arremeter 24 horas antes de desastre nos EUA

30.jan.2025 - A torre de controle do Aeroporto Nacional Reagan, nos EUA, após a queda de um avião da American Airlines no Rio Potomac - Andrew Harnik/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/Getty Images via AFP 30.jan.2025 - A torre de controle do Aeroporto Nacional Reagan, nos EUA, após a queda de um avião da American Airlines no Rio Potomac - Andrew Harnik/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/Getty Images via AFP
30.jan.2025 - A torre de controle do Aeroporto Nacional Reagan, nos EUA, após a queda de um avião da American Airlines no Rio Potomac Imagem: Andrew Harnik/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/Getty Images via AFP

Do UOL, em São Paulo

30/01/2025 23h33Atualizada em 30/01/2025 23h33

Pouco mais de 24 horas antes da colisão de um avião com um helicóptero militar perto de Washington D.C., um jato precisou arremeter em razão da presença de um helicóptero militar na mesma área do acidente, informou a Associated Press. Ao todo, 67 pessoas morreram na tragédia de quarta-feira (29).

    O que aconteceu

    Uma aeronave da Embraer foi autorizada a pousar na pista 19 do aeroporto e foi alertada sobre um helicóptero próximo. O "aviso de resolução", emitido pelo sistema de prevenção de colisões da aeronave, alertou o jato a evitar o tráfego próximo, o que provocou com que ele ficasse fora do alinhamento adequado para o pouso.

    Em razão disso, o jato precisou arremeter para depois fazer o pouso. A aeronave conseguiu pousar em segurança minutos depois, segundo a agência, baseada em sites de rastreamento de voo e registros de controle de tráfego.

    O helicóptero militar também foi avisado do pouso do jato no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, perto de Washington. Não há informações se esse helicóptero realizava treinamento militar, assim como o envolvido no acidente. Sites de rastreamento de voo mostraram que a aeronave ficou 300 metros acima do helicóptero, o que, de acordo com a agência, é uma distância aceitável.

    Pilotos são treinados para responderem rapidamente aos avisos de resolução. A medida visa evitar um possível acidente.

    Acidente provocou 64 mortes

    Colisão aconteceu na aproximação para pouso, por volta das 21h dos EUA (23h de Brasília). O canal de TV norte-americano NBC informou que até agora pelo menos 30 corpos sem vida foram retirados do rio, que passa pela capital Washington e pelos estados da Virgínia Ocidental, Virgínia e Maryland.

    O avião transportava 60 passageiros e quatro tripulantes. Já no helicóptero militar, três soldados estavam a bordo, conforme as autoridades locais. Ninguém sobreviveu.

    Entre os passageiros do avião, estavam dois russos ex-campeões mundiais de patinação. O Kremlin confirmou que os treinadores de patinação no gelo Yevgenia Shishkova e Vadim Naumov estavam a bordo, além de uma equipe do país.

    Helicóptero Black Hawk realizava treinamento. O Exército dos EUA confirmou o envolvimento da aeronave no acidente, além de afirmar que está colaborando com "as autoridades e forneceremos informações adicionais". A agência de notícias Associated Press divulgou que o helicóptero fazia um treinamento no momento da colisão.

    Duas caixas-pretas do avião foram recuperadas nesta quinta-feira (30). Os investigadores encontraram o gravador de voz da cabine do piloto e o registrador de dados de voo. Os equipamentos serão analisados pelo órgão responsável pela investigação, o NTSB (Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA, em tradução livre), informaram fontes anônimas às emissoras CBS News e ABC News. Ainda não há informações sobre a recuperação da caixa-preta do helicóptero.

    Relatório preliminar da investigação deve sair em 30 dias e o relatório final, após a conclusão da investigação. Segundo Todd Inman, membro do conselho, a equipe investigativa ficará no local do acidente pelo tempo necessário para obter as informações que indiquem a possível causa da colisão.

    Autoridades não irão especular sobre as supostas causas do acidente. O NTSB explicou que, apesar de ter recebido informações sobre o caso, ainda não há dados suficientes para apontar qual a causa do acidente. O conselho colocou à disposição das empresas e autoridades envolvidas corpo técnico e equipamentos para a investigação do caso. "Nossa missão é entender não apenas o que aconteceu, mas porque aconteceu e fazer recomendações de segurança para que isso não ocorra novamente", acrescentou.

    Identificação das vítimas ficará a cargo do serviço forense de Washington. Um grupo de assistência às famílias das vítimas foi montado para apoiá-los neste momento e os nomes não serão divulgados, de acordo com Inman.


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