Com Netanyahu, Trump diz que palestinos não deveriam voltar para Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, na tarde desta terça-feira (4). Durante o encontro, disse que pretende encontrar uma solução para que os palestinos não voltem para Gaza.

O que aconteceu

Trump se opôs ao retorno a Gaza e ignorou perguntas sobre criação de Estado palestino. "Não acho que as pessoas deveriam voltar para Gaza. Gaza não é um lugar para as pessoas viverem", afirmou. Perguntado em mais de uma ocasião se considerava que os palestinos deveriam ter o direito a um Estado, não respondeu.

Imediatamente após a fala de Trump, o embaixador palestino na ONU, Ryad Mansour, rejeitou a proposta de sair de Gaza. "Ficaremos. Nossa terra é nossa terra", afirmou.

Netanyahu é o primeiro líder estrangeiro a visitar Trump desde a posse no mês passado. Perfil da Casa Branca nas redes sociais divulgou um vídeo da chegada do premiê.

Netanyahu deixou Israel com um cessar-fogo de seis semanas em Gaza ainda em vigor e sob a expectativa de que negociações visando a uma segunda fase do acordo comecem nesta semana. Como o novo governo de Trump conta com várias figuras pró-Israel, a expectativa israelense é que endossem a expansão dos assentamentos na Cisjordânia ocupada e resistam à pressão internacional pelo fim da guerra em Gaza.

Premiê israelense desconsiderou Joe Biden e deu a Trump créditos pelo cessar-fogo. Em entrevista coletiva após o encontro, ele disse que Trump o "ajudou enormemente" a costurar um acordo da trégua com o Hamas.

Israelense diz apoiar acordo que trate da libertação de todos os reféns. "Eu apoio a libertação de todos os reféns e o cumprimento de todos os nossos objetivos de guerra —o que inclui destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas e garantir que Gaza nunca mais represente uma ameaça a Israel", disse o primeiro-ministro à imprensa.

Trump, por sua vez, comparou ataque do Hamas com o Holocausto. O presidente americano classificou como " uma coisa horrível" o fato de envolvidos no ataque de 7 de outubro de 2023 serem libertados como parte do acordo. "Você não pode esquecer. Algumas pessoas querem apagar isso da memória, mas nunca podemos deixar isso acontecer", afirmou.

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No mandato anterior, Trump adotou medidas que beneficiaram Netanyahu. Entre eles, estão a transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém e a assinatura dos Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel e vários estados árabes, incluindo os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein

*Com informações da Reuters

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