Com Netanyahu, Trump diz que palestinos não deveriam voltar para Gaza
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, na tarde desta terça-feira (4). Durante o encontro, disse que pretende encontrar uma solução para que os palestinos não voltem para Gaza.
O que aconteceu
Trump se opôs ao retorno a Gaza e ignorou perguntas sobre criação de Estado palestino. "Não acho que as pessoas deveriam voltar para Gaza. Gaza não é um lugar para as pessoas viverem", afirmou. Perguntado em mais de uma ocasião se considerava que os palestinos deveriam ter o direito a um Estado, não respondeu.
Imediatamente após a fala de Trump, o embaixador palestino na ONU, Ryad Mansour, rejeitou a proposta de sair de Gaza. "Ficaremos. Nossa terra é nossa terra", afirmou.
Netanyahu é o primeiro líder estrangeiro a visitar Trump desde a posse no mês passado. Perfil da Casa Branca nas redes sociais divulgou um vídeo da chegada do premiê.
President Donald J. Trump welcomed Israeli Prime Minister Benjamin @Netanyahu to the White House today—the first world leader to visit during his second term. pic.twitter.com/82KXK2YXdW
-- The White House (@WhiteHouse) February 4, 2025
Netanyahu deixou Israel com um cessar-fogo de seis semanas em Gaza ainda em vigor e sob a expectativa de que negociações visando a uma segunda fase do acordo comecem nesta semana. Como o novo governo de Trump conta com várias figuras pró-Israel, a expectativa israelense é que endossem a expansão dos assentamentos na Cisjordânia ocupada e resistam à pressão internacional pelo fim da guerra em Gaza.
Premiê israelense desconsiderou Joe Biden e deu a Trump créditos pelo cessar-fogo. Em entrevista coletiva após o encontro, ele disse que Trump o "ajudou enormemente" a costurar um acordo da trégua com o Hamas.
Israelense diz apoiar acordo que trate da libertação de todos os reféns. "Eu apoio a libertação de todos os reféns e o cumprimento de todos os nossos objetivos de guerra —o que inclui destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas e garantir que Gaza nunca mais represente uma ameaça a Israel", disse o primeiro-ministro à imprensa.
Trump, por sua vez, comparou ataque do Hamas com o Holocausto. O presidente americano classificou como " uma coisa horrível" o fato de envolvidos no ataque de 7 de outubro de 2023 serem libertados como parte do acordo. "Você não pode esquecer. Algumas pessoas querem apagar isso da memória, mas nunca podemos deixar isso acontecer", afirmou.
No mandato anterior, Trump adotou medidas que beneficiaram Netanyahu. Entre eles, estão a transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém e a assinatura dos Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel e vários estados árabes, incluindo os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein
*Com informações da Reuters
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