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Hamas diz que vai cumprir cessar-fogo e libertar três reféns no sábado

O Hamas disse hoje que vai respeitar o cessar-fogo e libertar mais três reféns israelenses no sábado (15).

O que aconteceu

Mediadores do Egito e Qatar pressionaram o Hamas para que o acordo fosse mantido. Na segunda (10), o Hamas anunciou que suspenderia a libertação de novos reféns "até novo aviso" em represália a Israel, que estaria dificultando a entrega de ajuda humanitária e atacando palestinos que estão voltando para o norte de Gaza.

Estamos dispostos a implementar [o acordo] e obrigar a ocupação [Israel] a cumpri-lo plenamente.
Abdel Latif al Qanu, porta-voz do Hamas

Hamas também reclamou de intromissão de Donald Trump. Em nota, o grupo escreveu que ele "não ajuda em nada e complica ainda mais as coisas". Na semana passada, ao lado do premiê Benjamin Netanyahu, Trump afirmou que a Faixa de Gaza seria controlada pelos EUA, e que os palestinos deveriam ser realocados em outros países, como Jordânia e Egito.

Após o Hamas ameaçar o acordo, Israel afirmou que vai retomar os ataques se todos os reféns não forem entregues no sábado. No entanto, os negociadores dizem que conseguiram "superar os obstáculos" e que Israel também se comprometeu com a manutenção do cessar-fogo.

Pelos termos da trégua, 33 reféns devem ser libertados até o início de março em troca de 1.900 palestinos detidos em Israel. Cinco trocas foram feitas até agora.

Um prisioneiro palestino libertado é recebido em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, em 8 de fevereiro de 2025
Um prisioneiro palestino libertado é recebido em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, em 8 de fevereiro de 2025 Imagem: Stringer/REUTERS

Negociação para libertar todos os reféns está parada

As negociações para a segunda fase do cessar-fogo ainda não começaram. O Hamas diz que Israel tenta sabotar o acordo com uma "obstrução contínua". Esta nova etapa deve levar à libertação de todos os reféns e ao fim definitivo da guerra.

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A terceira e última fase do acordo está destinada à reconstrução de Gaza. A ONU calcula que o projeto colossal deve custar mais de US$ 53 bilhões (R$ 305 bilhões).

Com informações de Reuters e AFP

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