Trump ameaça guerra comercial global

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Em mais uma guinada na política comercial dos EUA, Donald Trump assinou um memorando que pode remodelar o comércio global. O presidente norte-americano instruiu seus assessores a calcularem novas tarifas sobre as importações de países que taxam produtos americanos, buscando o que ele chama de "reciprocidade".
O que está em jogo: A medida, que evoca a promessa de campanha de Trump de igualar as taxas tarifárias que outros países impõem aos produtos americanos, representa uma reversão de décadas de política comercial dos EUA, que historicamente promoveu tarifas mais baixas. Trump argumenta que essa abordagem é necessária para restaurar a manufatura nos EUA e reduzir o déficit comercial.
Como funcionaria: A ideia é simples. Se um país cobra uma determinada tarifa sobre produtos americanos, os EUA cobrarão a mesma tarifa sobre os produtos desse país. No entanto, a implementação é complexa, pois envolve avaliar não apenas as tarifas, mas também impostos, subsídios, taxas de câmbio e outras práticas consideradas "injustas".
O Brasil na mira: O Brasil foi citado como exemplo no memorando, com a Casa Branca reclamando da tarifa de 18% sobre o etanol americano, enquanto os EUA cobram apenas 2,5%. Trump também mencionou a carne e os laticínios brasileiros como exemplos de disparidade tarifária.
Implicações: A medida pode desencadear intensas negociações e até mesmo guerras comerciais, com outros países retaliando e aumentando suas próprias tarifas. Economistas temem que isso possa levar a um aumento da inflação e desajustes na economia global.
Reação do Brasil: O governo brasileiro já havia sido alertado sobre possíveis medidas contra o etanol. A Embaixada do Brasil nos EUA está trabalhando para estabelecer um diálogo. O governo brasileiro considera que Trump pode usar as tarifas como instrumento de barganha em outras áreas, ou mesmo como punição. Leia mais.
Guerra na Ucrânia: negociações de paz à vista?
Donald Trump afirmou que a Ucrânia fará parte das negociações para acabar com a guerra com a Rússia, e que Vladimir Putin "quer a paz". Ele também expressou o desejo de ver a Rússia reintegrada ao G7, considerando a exclusão do país em 2014 "um erro".
Zelenski precavido: O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, manifestou o desejo de chegar a um acordo com os Estados Unidos sobre um plano para "deter Putin" antes de qualquer negociação com a Rússia, e pediu cautela em relação às declarações do presidente russo sobre suas intenções de paz na Ucrânia.
Kremlin: O Kremlin declarou que a Ucrânia participaria "de uma forma ou de outra" em futuras conversas de paz.
Cenário de guerra: A Ucrânia anunciou que controla apenas 500 quilômetros quadrados na região russa de Kursk, que pretende usar como território de troca com a Rússia, 200 quilômetros quadrados a menos do que em novembro.
Otan: Donald Trump declarou que uma adesão de Kiev à Otan não seria "realista", pouco depois de conversar com seus homólogos russo e ucraniano. O secretário de defesa dos EUA, Pete Hegseth, também descartou a adesão da Ucrânia à Otan.
Atropelamento em massa em Munique aumenta tensão política na Alemanha

Um ataque em Munique, onde um solicitante de asilo afegão de 24 anos atropelou uma manifestação sindical, deixou pelo menos 30 pessoas feridas. O incidente, que está sendo tratado como um possível ataque, ocorreu durante uma greve de trabalhadores do setor público que reivindicavam melhores salários e condições de trabalho.
Contexto político: O ataque ocorre em meio a uma campanha eleitoral tensa, dominada por debates sobre segurança e imigração. O chanceler alemão, Olaf Scholz, condenou o ataque e prometeu uma política de "tolerância zero". Líderes da oposição, como Friedrich Merz, também se manifestaram, prometendo impor "lei e ordem".
Reações: O partido anti-imigração AfD aproveitou o incidente para criticar as políticas de imigração e exigir medidas mais rigorosas. O incidente reacendeu o debate sobre a deportação de imigrantes que cometem crimes.
Investigação: A polícia está investigando o caso e apura se o suspeito tem ligações com extremismo islâmico. O suspeito já era conhecido da polícia por pequenos delitos. Leia mais.
Judeus americanos protestam contra limpeza étnica em Gaza
Centenas de rabinos e celebridades judias dos EUA publicaram um anúncio de página inteira no jornal The New York Times para protestar contra a limpeza étnica em Gaza. O anúncio é uma resposta aos pedidos de Donald Trump para realocar permanentemente toda a população de Gaza, uma proposta que ele tem repetidamente reforçado desde que assumiu o cargo no mês passado.
Reação à proposta de Trump: O anúncio, com a frase "Trump pediu a remoção de todos os palestinos de Gaza. O povo judeu diz NÃO à limpeza étnica!", é assinado por atores, artistas e figuras públicas como Joaquin Phoenix, Ilana Glazer e Naomi Klein, além de centenas de rabinos.
Doações: As doações arrecadadas pelo projeto são destinadas à In Our Name Campaign, uma iniciativa de judeus na filantropia que busca arrecadar US$ 10 milhões para organizações que apoiam esforços liderados por palestinos para construir segurança, dignidade e autodeterminação na Palestina, bem como para a organização pró-Palestina nos Estados Unidos.
Reações: Desde que Trump propôs a retirada da população de Gaza, diversos grupos judaicos liberais se manifestaram contra o plano. Enquanto isso, grupos judaicos de direita e o governo israelense acolheram a ideia.
Crise climática ameaça produção de chocolate

A crise climática está contribuindo para o colapso do mercado de chocolate, segundo uma nova pesquisa. Temperaturas mais altas na África Ocidental, responsável por cerca de 70% da produção global de cacau, estão afetando as colheitas e elevando os preços.
Impacto do aquecimento global: O aquecimento global aumentou as temperaturas para acima de 32°C, consideradas ótimas para o cultivo de cacau, por três semanas extras na Costa do Marfim e em Gana nos últimos dez anos.
Outros fatores: Além do calor excessivo, pragas, padrões de chuva irregulares, contrabando e mineração ilegal também prejudicam as árvores de cacau.
Aumento dos preços: Os preços do cacau atingiram patamares recordes, ultrapassando US$ 10.000 a tonelada em Nova York. A Lindt & Sprüngli já anunciou que aumentará os preços novamente este ano.
Ações necessárias: Especialistas alertam para a necessidade de ações coletivas contra a aridez do solo e a degradação da natureza para preservar a capacidade do planeta de sustentar a vida. Leia reportagem (em inglês) no The Guardian sobre como a crise climática afeta o mercado de chocolates.
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