Professor: Difícil OMC aplicar sanção contra Trump e dar vitória ao Brasil
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Caso o Brasil leve uma demanda contra os Estados Unidos adiante, dificilmente a OMC (Organização Mundial do Comércio) irá aplicar uma sanção ao governo americano, opinou o professor de Relações Internacionais Roberto Uebel, da ESPM, no UOL News, do Canal UOL, nesta sexta-feira (14).
Fica muito clara a política externa do governo Trump de esvaziar estas agências, estas organizações. A gente tem chamado esse movimento de 'fragmentação do multilateralismo'. É o esvaziamento, o questionamento destas organizações. O Trump já anunciou que vai sair da OMS [Organização Mundial da Saúde], do Acordo de Paris e já questionou, reiteradamente, o papel da OMC [Organização Mundial do Comércio]. Roberto Uebel, professor de Relações Internacionais
A OMC foi fundada em 1995 como acordo para facilitar o comércio firmado entre os seus países-membros. Os propósitos da organização são: reduzir tarifas e outras barreiras não tarifárias ao comércio de mercadorias, combater práticas desleais como o dumping e facilitar o investimento entre as nações. Atualmente, a OMC é composta por 164 membros, que movem 98% do comércio global.
Nesta sexta, Lula disse, em entrevista à Rádio Clube do Pará, que o Brasil pode recorrer à OMC contra as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e garantiu que, se os EUA tomarem medidas contra o Brasil, seu governo reagirá com reciprocidade.
Ao Canal UOL, o especialista explicou que, caso Lula leve a ameaça adiante ao tribunal de apelação, dificilmente o petista terá sucesso.
Eu não vejo uma efetividade do sistema de solução de controvérsias da OMC para uma eventual demanda contra os EUA. Mesmo que se confirmasse, que o governo brasileiro conseguisse levar essa demanda adiante, essa ação, que é como se fosse um processo judicial, de uma maneira muito didática, dificilmente a OMC conseguiria aplicar alguma sanção aos Estados Unidos, dar essa vitória ao Brasil, porque ela [a OMC] não tem hoje para o governo Trump uma legitimidade.
Roberto Uebel, professor de Relações Internacionais
Em 2019, o Órgão de Apelação, da OMC, foi paralisado por falta de juízes, devido aos bloqueios americanos. O órgão é responsável pelos julgamentos de recursos em disputas comerciais. O Órgão de Apelação precisa de no mínimo três juízes para funcionar, mas, como os EUA barraram as indicações, o sistema de resolução final de disputas na OMC segue travado.
Raquel: Números de Lula mostram influência de crises sucessivas
No UOL News, a colunista Raquel Landim afirmou que a popularidade em queda do presidente Lula revela a influência de crises sucessivas enfrentadas pelo governo nos últimos meses.
Você tem crises sucessivas pelas quais passou o governo, principalmente a crise do Pix, que foi uma crise totalmente fabricada, uma crise de fake news.
Raquel Landim, colunista do UOL
Nesta sexta, o Datafolha divulgou a última pesquisa na qual mostra que a aprovação de Lula desabou em dois meses: de 35% para 24%. Esse patamar é considerado o mais baixo do petista em suas três passagens pelo Palácio do Planalto. A reprovação também é recorde: foi de 34% para 41%.
Assista ao trecho no vídeo abaixo:
José Aníbal: 'Prefeito Ricardo Nunes é um ingrato'
No UOL News, o ex-senador José Aníbal, presidente do PSDB de São Paulo, rebateu as críticas do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o chamou de "ingrato" e um "erro grave".
O prefeito é um ingrato, porque ele só está onde está porque o Bruno [Covas] o fez dele seu vice. Aliás, foi um erro grave. Já no primeiro, na primeira ocupação dele na prefeitura [de São Paulo], a gente percebia muitos erros, muitas dificuldades, e isso só se agravou agora, com ele assumindo esse segundo mandato. José Aníbal, presidente do PSDB de São Paulo
Nesta quinta-feira (13), Nunes fez críticas ao desempenho do partido nas últimas eleições e disse, em entrevista à RedeTV!, que a sigla precisa se reestruturar. Para isso, ele sugeriu retirar a "turma" que hoje está no comando. O prefeito afirmou ainda ser contra a possível fusão entre o MDB e o PSDB, discutida nos bastidores.
Nunes foi eleito em 2020 como vice-prefeito na chapa de Bruno Covas (1980 - 2021). Assumiu o comando da maior cidade do País um ano depois, devido à licença de Covas para tratamento de câncer. Foi reeleito em 2024 em meio a polêmicas e denúncias de corrupção.
Assista ao trecho no vídeo abaixo:
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