Vice diz que EUA vão considerar 'independência soberana da Ucrânia'

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Membros do governo dos EUA, incluindo o vice-presidente JD Vance, devem se reunir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nesta sexta-feira (14). Encontro acontece após a conversa entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que buscam uma solução para o conflito na Ucrânia.
O que aconteceu
Vance afirmou estar comprometido com "a independência soberana da Ucrânia". Em entrevista ao jornal The Wall Street Journal, o vice-presidente dos EUA disse que existem "vários formatos para as negociações".
"Há ferramentas econômicas de pressão, e existem, é claro, ferramentas de pressão militar", disse Vance. Antes de se encontrar com o vice-presidente dos EUA, Zelensky deve ter uma reunião com Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA.
Encontro vai acontecer na Alemanha, onde as autoridades estão reunidas para a Conferência de Segurança de Munique. Nesta quinta-feira (13), Donald Trump afirmou que as autoridades americanas e russas também irão se encontrar em Munique, e que a Ucrânia foi convidada, mas um assessor de Zelensky afirmou que "não estão previstas conversas com os russos".
Putin conversou com Trump
A conversa de Trump com Putin nesta quarta-feira (12) gerou consternação na Ucrânia. As autoridades ucranianas afirmaram a necessidade de alcançar uma "paz justa" e garantias de segurança para seu país da parte de seus aliados europeus e de Washington, incluindo o envio de tropas para garantir a paz.
O governo dos EUA indicou que a Ucrânia teria que ceder territórios à Rússia e descartaram a adesão do país à Otan. Kiev e seus aliados europeus temem ser excluídos do diálogo.
Nesta quinta-feira (13), Zelensky alertou à comunidade internacional "para que não confiem nas afirmações de Putin sobre sua disposição de acabar com a guerra". Ele também pediu ajuda aos EUA, que é seu principal aliado militar, para elaborar "um plano para conter Putin" antes de iniciar a negociação.
Andrii Yermak, chefe do gabinete da presidência ucraniana, declarou que "os interesses da Ucrânia estão em primeiro lugar e continuarão assim". "Mantenham a cabeça fria e não se deixem levar pelas emoções".
Timothy Ash, professor de Estudos Europeus em Oxford, analisou a situação. Segundo ele, a mensagem da Casa Branca para a Europa "é muito clara sobre a Ucrânia: é problema de vocês. Nós ajudaremos a alcançar um acordo com a Rússia, mas cabe a vocês garantir seu cumprimento".
(Com AFP, Reuters e RFI)
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