Combinando com os russos: EUA discutem Ucrânia sem presença ucraniana

Ler resumo da notícia
Em um encontro realizado na Arábia Saudita, autoridades dos Estados Unidos e da Rússia concordaram em estabelecer equipes de negociação para buscar um caminho para o fim da guerra na Ucrânia. A ausência da Ucrânia nessas discussões gerou críticas do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, que expressou a necessidade de que qualquer tratativa para encerrar o conflito seja justa e envolva a participação de países europeus.rússia
Zelenski manifestou-se visivelmente cansado e chateado com a situação, defendendo que "não se pode tomar decisões sobre como acabar com a guerra na Ucrânia sem a Ucrânia".
Líderes europeus demonstraram preocupação com a possibilidade de os EUA fazerem concessões significativas à Rússia, reconfigurando o cenário de segurança no continente.
Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, e Sergei Lavrov, Ministro das Relações Exteriores da Rússia, concordaram em designar equipes de alto nível para trabalhar em uma solução para o conflito o mais breve possível.
Os dois países também decidiram restaurar o funcionamento normal de suas missões diplomáticas, após um período de tensões e expulsões de diplomatas.
Enquanto isso, Donald Trump minimizou as preocupações ucranianas e sugeriu que Kiev era responsável pela guerra, afirmando que um acordo poderia ter sido alcançado anteriormente.
Trump pode nomear Alice Johnson, perdoada por ele, para o cargo de "Czar do Perdão"
O presidente Trump está considerando nomear Alice Marie Johnson, que teve sua sentença de prisão por tráfico de drogas comutada por ele em seu primeiro mandato, para ser a "czar do perdão". A função exata do cargo não está clara, mas Johnson, após sua libertação, manifestou o desejo de trabalhar em prol de indivíduos que acredite merecerem clemência. A indicação de Johnson, cujo caso ganhou atenção através de Kim Kardashian, destaca as contradições na abordagem de Trump à reforma da justiça criminal. Leia reportagem do The New York Times (em inglês).
Críticas à meta de energia limpa do Reino Unido
Chris Wright, secretário de Energia dos EUA, criticou a meta do Reino Unido de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, chamando-a de "meta sinistra" e culpando, de forma incorreta, a energia renovável pelo "colapso econômico" do país. A declaração gerou surpresa, considerando os laços estreitos entre os dois países. Apesar das alegações de Wright, pesquisas independentes apontam que a transição para energias renováveis impulsiona a inovação tecnológica e a criação de empregos, além de reduzir os custos ao longo do tempo. (reportagem da agência Reuters - em inglês)
Demissões em agências federais dos EUA
O governo Trump demitiu 168 funcionários da National Science Foundation (NSF), representando mais de 10% da força de trabalho da agência. As demissões fazem parte de uma onda de cortes de funcionários federais com status probatório em diversas agências, incluindo o National Institutes of Health (NIH) e o Internal Revenue Service (IRS). Paralelamente, o diretor da divisão de alimentos da Food and Drug Administration (FDA) renunciou devido aos cortes "indiscriminados" que, segundo ele, prejudicariam a segurança alimentar do país.
Outras notícias do dia
Tarifas: Trump considera impor tarifas de 25% sobre importações de carros, semicondutores e produtos farmacêuticos.
Kennedy Center: Trump assumiu o controle do Kennedy Center, provocando protestos e preocupações sobre o futuro da instituição cultural.
Ajuda externa: A decisão de Trump de desmantelar a USAID gera debates sobre o vácuo de liderança global e o potencial benefício para a influência da China.
Extrema-direita: Alemanha marca o quinto aniversário do ataque racista em Hanau, enquanto o partido de extrema-direita AfD ganha força.
Israel/Palestina: Negociações para a segunda fase do acordo de cessar-fogo em Gaza devem começar nesta semana.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.