Polônia ativa sistema de defesa aérea após ataques russo na Ucrânia

A Polônia, integrante da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), manteve ativo e em estado máximo de prontidão durante quatro horas desta terça-feira (25) seus sistemas de defesa aéreos em resposta aos ataques russos no território ucraniano do último domingo (23) e de ontem, segunda-feira.

O que aconteceu

Comando operacional do país informou que "atividades de aviação de longo alcance" no oeste ucraniano motivou atitude. A Polônia disse ter colocado "todas as forças e recursos disponíveis à sua disposição, e os sistemas de defesa aérea e reconhecimento de radar baseados em terra" no estágio máximo de prontidão.

Segundo militares, medidas "visam garantir a segurança nas áreas que fazem fronteira com os locais ameaçadas". Os poloneses têm uma faixa de fronteira de mais de 500 quilômetros com a Ucrânia e, apesar de nenhuma região ucraniana próxima ao território polonês estar sob controle das tropas de Vladimir Putin, a atenção é constante.

Depois de quatro horas de em estado máximo de preparo para uma possível resposta, defesa aérea polonesa foi "retirada". Os militares informaram que não constataram "nenhuma violação do espaço aéreo da República da Polônia" e que estão "monitorando constantemente a situação no território da Ucrânia e permanecem em constante prontidão para garantir a segurança do espaço aéreo polonês".

Aeronaves de países integrantes da OTAN estiveram empregadas na missão. De acordo com os militares, aliados do bloco militar participaram das atividades, mas não foi especificado de quais países. Além da própria Polônia, outras 31 nações assinaram o tratado, entre elas os Estados Unidos.

Ataque com drones do domingo é o maior já realizado por Putin contra Volodimir Zelensky. De acordo com o jornal britânico The Sun, 267 aeronaves russas atacaram diversos territórios da Ucrânia, dos quais 138 foram abatidos e outros 119 "desapareceram do radar", segundo Kiev. Ainda segundo o tabloide inglês, quatro desses drones foram hackeados pelos ucranianos e usados contra os russos.

Defesa aérea ucraniana diz ter conseguido neutralizar boa parte do ataque de segunda. No dia em que se marcou 3 anos do início da guerra, os russos lançaram 185 aeronaves remotas contra seus oponentes. Segundo a Força Aérea, 133 drones foram abatidos e outros 71 se perderam sem causar danos.

Polônia e Ucrânia são aliadas de longa data. Os poloneses foram os primeiros a reconhecer a independência da Ucrânia após a dissolução da União Soviética, em 1991. No ano seguinte, assinaram um tratado de amizade e cooperação, inclusive na área militar, já que os poloneses estão entre os maiores fornecedores de ajuda militar não letal aos vizinhos.

A Polônia é o país que mais recebeu refugiados de guerra do país vizinho. Muito por conta de ser fronteiriço aos ucranianos, pela proximidade cultural, assistência prestada pelo governo polonês e pelo livre trânsito pela União Europeia, muitos que chegam acabam ficando por lá. Alemanha, República Tcheca e Canadá também é destino comum daqueles que fugiram do conflito.

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