Professor: Presença de Zelensky atrapalha negociação em favor da Ucrânia
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Agora sem o apoio dos Estados Unidos na guerra contra a Rússia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, atrapalha a negociação em favor do seu país, analisou o professor e especialista em geopolítica Vinícius Teixeira no UOL News, do Canal UOL.
Vários países europeus também questionam a posição de resistência do governo Zelensky, e se não seria o caso dele sair para uma negociação mais franca, mais otimista, em favor da Ucrânia.
A presença de Zelensky, a meu ver, atrapalha uma possível negociação em favor da Ucrânia. A presença dele, para mim, traz mais sacrifícios aos ucranianos, ao território ucraniano e não favorece um acordo de paz para os ucranianos. Vinícius Teixeira, especialista em geopolítica
A guerra entre Rússia e Ucrânia começou em fevereiro de 2022, após a invasão do território ucraniano pelos russos. Os Estados Unidos apoiavam e financiavam o conflito militar junto à Ucrânia sob a gestão do democrata Joe Biden. O país, no entanto, decidiu cancelar o apoio após a mudança de governo, agora sob o comando do republicano Donald Trump.
No início da semana, Zelensky foi à Casa Branca se encontrar com Trump e tentar contornar a situação, mas os dois líderes acabaram promovendo um bate-boca diante das câmeras.
A situação de Zelensky é bastante complicada. Perdeu o apoio dos Estados Unidos, principal avalista na guerra contra a Rússia. Apesar de ter um apoio interno, uma parte da população também questiona a resistência dele e também coloca que o conflito seria muito mais fácil de debelar, ou terminar, ou arrumar ali condições para ter um acordo de paz, de cessar-fogo, pelo menos se fosse feito sem a presença dele.
O Zelensky, durante esses três anos, advogou em favor da guerra, em favor de retaliações contra os russos, fez falas muito fortes. A posição dele agora, a partir de maio do ano passado, quando vence o seu mandato, acaba sendo bastante fragilizada. Vinícius Teixeira, colunista do UOL
Carla Araújo: 'Baixar preço dos alimentos é equação difícil para Haddad'
Após medidas anunciadas pelo governo Lula (PT), controlar o preço dos alimentos será uma equação difícil para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou a colunista Carla Araújo no UOL News, do Canal UOL..
A gente não teve nessas reuniões dessa semana o ministro Fernando Haddad. Ele estava em agenda em São Paulo e foi representado pelos secretários [da Fazenda]. Mas há também uma expectativa sobre como Haddad vai se colocar em relação a essas medidas.
Ainda é preciso ver o balanço que essas medidas vão ter na efetividade da diminuição dos preços e também nas contas públicas. Então, é uma equação difícil... baixar o [preço do] alimento não será como uma bala de prata, mas o governo começa a tentar algumas alternativas. Não há uma resposta simples para esse tipo de problema. Carla Araújo, colunista do UOL
Veja a análise:
Economista: 'É um PIB que se fantasia de pibão'
O crescimento da economia brasileira de 3,4%, em 2024, não é considerado um número desprezível, mas o cenário apresentado nos dois últimos trimestres revela que o crescimento esperado para 2025 pode não ser tão promissor assim, analisou a economista e professora do Insper Juliana Inhasz no UOL News.
Então, é um PIB que se fantasia de 'pibão' e, na verdade, é um 'pibinho'. Julianha Inhasz, economista
O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 3,4% no ano passado, na comparação com 2023, totalizando assim R$ 11,7 trilhões. É considerada a maior taxa anual desde 2021. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado anual, no entanto, ficou abaixo do projetado pelo Banco Central. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), indicador divulgado pelo BC e conhecido por antecipar o comportamento do PIB, sinalizou um crescimento de 3,8% da economia nacional em 2024.
A questão é que, primeiro, esse crescimento, esse tipo de medida ou essa forma de crescer, é bem complexa. Complexa, porque a gente não sabe fazer isso para sempre. A gente tem um problema fiscal grande que não conseguimos resolver. O governo, inclusive, mostra que o baixo comprometimento continua existindo. Esse crescimento das despesas correntes do consumo do governo mostra isso. E o PIB desacelerou bastante no terceiro e no quarto trimestre.
Então é aquele PIB que vem alto, relativamente o número é bom. A gente não está falando que 3,4 é desprezível... porém, a gente vê nos últimos dois trimestres uma desaceleração e uma perspectiva de que esse ano de 2025 seja um ano em que a gente vai crescer muito menos. Juliana Inhasz, economista
Assista ao trecho no vídeo abaixo
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