Europa diz ter plano de represália 'sólido' contra tarifas de Trump

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse hoje que a União Europeia (UE) tem um plano de represália "sólido" em resposta às tarifas recíprocas que devem ser anunciadas amanhã pelos EUA.

"A Europa não iniciou esse confronto. Não queremos necessariamente adotar represálias. Mas temos um plano sólido para adotar represálias, se necessário".

Von der Leyen também afirmou que a UE responderá "unida" às tarifas americanas.

O bloco já anunciou a imposição de tarifas sobre alguns produtos americanos, que devem entrar em vigor neste mês.

China e Canadá, os primeiros alvos das tarifas de Trump junto com o México, já responderam com taxas sobre algumas importações americanas.

A presidente do México, Claudia Sheimbaun, anunciou que esperaria os detalhes dos impostos que serão revelados amanhã para decidir eventuais medidas de retaliação.

Hoje, a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, disse não acreditar em "consequências drásticas" das tarifas para a economia mundial, "mas sim [em] uma pequena correção para baixo".

As bolsas da Ásia fecharam em alta nesta terça, e as europeias também abriram com resultados positivos, revertendo parte das perdas dos últimos dias, provocadas pela expectativa em relação às tarifas de Trump.

Venezuela anuncia eleição em território da Guiana

O governo da Venezuela incluiu o disputado território guianense de Essequibo nas eleições regionais previstas para maio.

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O partido de Maduro lançou um militar, o almirante Neil Villamizar, como candidato. Ele foi apresentado por Maduro como o "próximo governador eleito da Guiana-Essequiba", nome pelo qual a Venezuela se refere ao território de 160 mil quilômetros quadrados, que faz fronteira com o Brasil.

O governo da Guiana reagiu e advertiu que vai prender e julgar por traição qualquer um em seu território que apoie as eleições.

Na semana passada, o secretário de Estado americano esteve na capital da Guiana, Georgetown, e ameaçou Nicolás Maduro com uma resposta militar, caso o venezuelano ataque a Guiana.

Líbano pede apoio internacional após ataque de Israel

O presidente libanês, Joseph Aoun, pediu apoio internacional na defesa da soberania do país depois do segundo ataque aéreo israelense a Beirute em menos de uma semana, em violação ao acordo de cessar-fogo firmado em novembro.

"A persistência de Israel em sua agressão nos obriga a redobrar os esforços para mobilizar os amigos do Líbano no mundo para apoiar nosso direito à plena soberania", afirmou Aoun.

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Segundo o governo do Líbano, o bombardeio israelense de hoje matou três pessoas. Israel afirmou que o ataque visava um dirigente do grupo Hezbollah, que foi morto.

Há duas semanas, Israel também abandonou o acordo de cessar-fogo com o grupo palestino Hamas e voltou a bombardear a Faixa de Gaza, deixando mais de mil mortos, entre eles cerca de 300 crianças, segundo a ONU.

Pobreza cai na Argentina

O índice de pobreza na Argentina no segundo semestre de 2024 caiu para 38,1%, um recuo de 14,8 pontos percentuais em relação ao pico de 52,9% registrado no primeiro semestre.

A proporção das pessoas em estado de indigência também caiu do recorde de 18,1% para 8,2% no período.

O resultado reverte o movimento registrado no começo do governo de Javier Milei, após a desvalorização do peso, corte de subsídios sociais e crescimento do desemprego.

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Em comunicado, a Casa Rosada atribuiu o avanço à queda da inflação e afirmou que este "é o primeiro governo em muitos anos que começa um processo real de redução da pobreza".

Os indicadores, porém, ainda são piores do que os registrados em 2022, quando o índice de pobreza foi de 36,5% no primeiro semestre, e o de indigência, 8,1% no segundo semestre.

Implante transforma pensamento em fala

Cientistas da Califórnia desenvolveram um implante cerebral externo capaz de transformar pensamentos em fala em tempo real, com atraso inferior a um segundo.

O dispositivo foi testado em Ann, uma mulher tetraplégica de 47 anos que não conseguia falar desde que sofreu um AVC, há 18 anos.

Durante o experimento, ela reproduzia mentalmente frases exibidas na tela de um computador, que aprendeu a associar suas ondas mentais às frases.

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A voz original de Ann também foi recriada por IA a partir de gravações feitas antes do acidente que a deixou sem fala.

O modelo usa algoritmo baseado em uma técnica de inteligência artificial (IA) denominada aprendizado profundo, treinado a partir de milhares de frases que Ann tentou pronunciar mentalmente.

Por enquanto, o modelo não é totalmente preciso e o vocabulário é limitado a 1.024 palavras. O estudo foi publicado na revista Nature Neuroscience.

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