Imigrante legal é deportado dos EUA após visitar túmulo do avô no México

Um homem de 39 anos foi deportado dos EUA no mês passado enquanto voltava para o país de uma viagem ao México. Evenezer Cortez Martinez foi visitar o túmulo do avô e ficar ao lado da família.

O que aconteceu

Ele moveu uma ação contra a deportação na última quarta-feira (2), segundo a emissora CBS News. Martinez é beneficiário do programa Ação Diferida para Chegadas na Infância (DACA, na sigla em inglês), que concede vistos para moradia e trabalho a imigrantes que chegaram ao país com menos de 16 anos.

O homem, casado e pai de três filhos na cidade do Kansas, foi detido em 23 de março no Aeroporto Internacional de Dallas. Agentes da imigração dos EUA o impediram de embarcar no voo de conexão para o Kansas, alegando que ele tinha uma ordem de deportação registrada em junho de 2024.

Martinez foi deportado imediatamente para a Cidade do México. Rekha Sharma Crawford, advogada do imigrante, disse que ele não sabia da ordem de deportação e que o homem conseguiu renovar seu benefício do DACA desde 2014, quando foi emitido.

Ele obteve permissão do governo para viajar para fora dos EUA, afirmou a advogada à CBS News. Os agentes de imigração alegaram que a liberdade condicional concedida a ele, após a ordem de deportação de junho do ano passado, foi emitida por engano.

Martinez está na casa de um tio na Cidade do México. A esposa dele e os três filhos permanecem em Kansas.

Deportado por engano

A Justiça determinou hoje que o governo Trump leve de volta ao país Kilmar Garcia, imigrante legal deportado por engano a El Salvador.

Juíza Paula Xinis, de Maryland, mandou o governo trazer o salvadorenho de volta até a próxima segunda-feira (7). A audiência que precedeu a decisão foi marcada por uma discussão entre a magistrada e os advogados do governo, segundo a agência de notícias Associated Press.

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Magistrada classificou a deportação como um ato ilegal e pressionou Erez Reuveni, advogado do Departamento de Justiça, por respostas. "Também estou frustrado por não ter respostas para muitas dessas perguntas", admitiu.

O governo Donald Trump classificou a deportação à Justiça como um erro administrativo. Os advogados afirmaram, antes da audiência de hoje, que não poderiam trazer Kilmar de volta porque os EUA não têm mais custódia sobre ele, além de acusá-lo de integrar a MS-13.

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