Sakamoto: O quanto o mundo aguenta Trump sem entrar em conflito?
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Diante da escalada na guerra comercial com a China e de outras medidas polêmicas tomadas por Donald Trump, o mundo se questiona até quando a paz estará garantida, avaliou o colunista Leonardo Sakamoto na edição de hoje do UOL News.
A China convocou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para acusar formalmente o governo de Trump de intimidação por meio do comércio internacional.
Trump está causando um mal incomensurável à economia global, à paz mundial e ao consumidor norte-americano a médio e longo prazo por conta de inflação, perda de emprego e tantas outras coisas.
Tudo isso pode ser camuflado em cima de outras papagaiadas que ele faz, como a questão da imigração. Ele usa isso como cortina de fumaça e para mobilizar parte da população americana.
Os EUA até podem pagar para ver porque é um 'admirável mundo novo' que está se desdobrando e um novo presidente adotando práticas nunca vistas antes. Pode até aceitar que seu governo passe a misturar características de democracia e autoritarismo. O problema é quanto o mundo vai aguentar sem que isso descambe para um conflito.
Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Sakamoto destacou que, apesar da crescente insatisfação com seu governo, Trump goza de prestígio quase inabalável dentro de sua base. O cenário pode mudar caso a economia americana dê sinais de enfraquecimento, na visão do colunista.
O impeachment existe, mas está fora de cogitação. Não há apoio popular para isso, mesmo com queda na taxa de aprovação. Trump continua com uma grande quantidade de apoiadores extremamente radicais e ferrenhos. Basta ver o que foi a ida dele ao UFC dias atrás e toda a repercussão. Mesmo entre eleitores democratas, há aqueles que o criticam por determinadas decisões, mas o elogiam por outras.
Trump tem um colchão de apoio. No ano que vem, haverá eleições que renovarão a Câmara e uma parte do Senado. Por enquanto, não se esperam grandes mudanças. Parte significativa dos republicanos depende de Trump para se reeleger e lhe demonstrou apoio e amor.
Se Trump tomar uma medida extremada, como sacar Jerome Powell da presidência do Federal Reserve, o Banco Central americano, a economia pode sofrer uma crise de credibilidade.
A China foi à ONU e avisou que os Estados Unidos trazem instabilidade e dificultam a paz. Sempre bom lembrar que guerras começam por crises econômicas e demandas por matérias-primas. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
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