Conteúdo publicado há 24 dias

Jamil: Com impasse em negociação, China reúne mundo contra Trump

Sem chegar a um acordo com os Estados Unidos sobre a guerra tarifária, a China conseguiu reunir o mundo contra Donald Trump ao convocar uma reunião no Conselho de Segurança da ONU, analisou o colunista Jamil Chade na edição de hoje do UOL News.

No encontro, a China acusará formalmente o governo Trump de intimidação por meio do comércio internacional ao aplicar taxas de importação sobre os produtos do país. O presidente dos EUA tenta desconversar e afirma que tem boa relação com o líder chinês Xi Jinping.

É tão boa que Trump vê absolutamente todos os seus planos naufragando dia após dia. A esperança dele era que, assim como tantos outros países, os chineses viessem suplicar por um acordo. Obviamente, a China diz que os canais estão abertos e que esse diálogo acontece no plano técnico. Mas não há nenhum tipo de atitude por parte da China de suplicar por um acordo.

O que a China fez foi elevar as tarifas e barreiras ao mesmo nível que Trump havia colocado e dizer que negociaria sob as mesmas condições que lhes foram impostas. O impasse é esse: como começar uma conversa na qual Trump só aceita se sentar para negociar em uma posição de força?

A China barrou essa posição de força com outras medidas, muito além da questão tarifária. É uma China muito diferente daquela de 2017 e que não tem vergonha alguma de chegar aos órgãos internacionais e denunciar o governo americano. Jamil Chade, colunista do UOL

Para Jamil, a China fez uma jogada astuta ao convocar uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, já que o encontro colocará Trump contra a parede.

Não haverá uma resolução e nem uma votação, mas o que a China fez de forma muito inteligente. Os chineses convidaram não só os quinze países do Conselho, mas também as 193 nações da ONU para participar. Quem quiser pode ir lá e falar.

Adivinhem o que acontecerá: teremos uma sessão de um dia inteirinho, na qual todos terão cinco, dez minutos para falar. O mundo inteiro vai se posicionar contra as tarifas e a instabilidade criadas por Trump no cenário internacional. Claro que teremos El Salvador, Argentina e eventualmente Israel elogiando, mas serão vozes absolutamente isoladas.

A grande maioria dos países tomará o microfone para denunciar. O que a China fez foi reunir todo o mundo. Uma política internacional que uniu o mundo contra Trump. O que acontecerá nos próximos meses dependerá muito de um diálogo entre EUA e China. Por enquanto, ele ainda está longe de ser estabelecido de uma forma tão positiva como fala Trump. Jamil Chade, colunista do UOL

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Josias: Fracasso na paz entre Rússia e Ucrânia é grande derrota para Trump

O impasse por um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia significa uma pesada derrota para Donald Trump, avaliou o colunista Josias de Souza. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que os EUA podem abandonar as negociações pela paz na região caso não haja um progresso significativo nos próximos dias.

Essa é mais uma derrota do Trump. Ele não só disse que resolveria o conflito na Ucrânia como falou que faria isso em poucas horas. Não resolveu e protagonizou uma das cenas mais grotescas da história do Salão Oval com aquela humilhação à qual foi submetido Volodimir Zelenski [presidente da Ucrânia].

É um fracasso atrás do outro, e esse é mais um. O buraco na Ucrânia é mais profundo do que Trump poderia supor. Ele tem interesse estratégico nesse cessar-fogo porque deseja fechar um acordo com Zelenski que permita aos EUA extrair minerais raros do subsolo da Ucrânia. O acordo já está pronto, e é outra coisa que ele disse que assinaria rapidamente. Josias de Souza, colunista do UOL

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Opinião

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