Conheça Basílica de Santa Maria Maggiore, onde papa será enterrado
Ler resumo da notícia
O papa Francisco morreu hoje aos 88 anos de idade. No final de 2023, ele declarou que queria ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, e não na cripta da Basílica de São Pedro, como acontece há mais de três séculos. Local é conhecido por ser uma imponente igreja do período de 401 a 500, localizada no centro de Roma, onde sete pontífices já foram sepultados.
Logo após a escultura da Rainha da Paz (Virgem Maria), há um pequeno recinto, uma porta que leva a uma sala que usavam para guardar os candelabros. Eu vi e pensei: 'É esse o lugar'. E o local do sepultamento já está preparado lá. Eles me confirmaram que está pronto. Papa Francisco, em entrevista ao vaticanista espanhol Javier Martinez-Brocal, para livro 'El Sucesor'
O que se sabe sobre a basílica
Sete papas já foram enterrados na na Basílica de Santa Maria Maggiore. O último deles foi Clemente 9º, em 1669. Outras personalidades, como o arquiteto e escultor Bernini, autor da colunata da Praça de São Pedro, também estão enterradas no local.
Papa Francisco costumava rezar no templo. Muito ligado ao culto da Virgem Maria, papa fazia orações na véspera ou no retorno de cada uma de suas viagens ao exterior.
Pontífice expressou desejo em testamento. "Sempre confiei a minha vida e o ministério sacerdotal e episcopal à Mãe do Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que os meus restos mortais repousem, esperando o dia da ressurreição, na Basílica Papal de Santa Maria Maior", diz o documento. Papa pediu ainda por um túmulo simples e sem decoração especial.
Desejo que a minha última viagem terrena se conclua precisamente neste antiquíssimo santuário Mariano, onde me dirigia para rezar no início e fim de cada Viagem Apostólica, para entregar confiadamente as minhas intenções à Mãe Imaculada e agradecer-lhe pelo dócil e materno cuidado. Trecho de Testamento do papa Francisco

Basílica foi construída após aparição de Virgem Maria. Segundo a tradição, a Virgem Maria fez uma aparição a um rico patrício romano, Giovanni, e ao papa Libério (352-366), e pediu que uma igreja fosse construída em sua homenagem, marcando o local escolhido com uma queda de neve em 5 de agosto.
De acordo com o Vaticano, não há restos desta primeira igreja, financiada por Giovanni. Estudos recentes permitiram datá-los cientificamente do período de nascimento de Jesus, de acordo com o site da basílica. Eles são mantidos em um relicário de cristal de rocha no formato de um berço.
Interior mantém estrutura semelhante à original. A nave central é cercada por 40 colunas jônicas e mosaicos. O templo atual, uma das quatro basílicas papais de Roma, foi construído por volta de 432, a pedido do papa Sisto 3º, no Monte Esquilino. Ele abriga algumas das relíquias mais conhecidas do catolicismo, como um ícone atribuído a São Lucas que retrata a Virgem Maria com o menino Jesus em seus braços. Os fragmentos de madeira do berço do menino Jesus também são mantidos neste local.

*Com informações da AFP.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.