Conteúdo publicado há 20 dias

Ronilso: papa Francisco marca virada da Igreja ao enfrentar conservadorismo

O papa Francisco deu uma guinada na Igreja Católica ao enfrentar o conservadorismo e por se tornar uma figura mais presente e acessível aos fiéis, analisou o colunista Ronilso Pacheco na edição de hoje do UOL News.

Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, morreu hoje aos 88 anos. O Vaticano não divulgou a causa da morte. O pontífice se recuperava após um quadro respiratório grave que o deixou 37 dias no hospital, entre fevereiro e março.

É importante frisar a virada que Bergoglio fez para a Igreja Católica. Ela vinha de João Paulo 2º, que ficou muito marcado pelo seu enfrentamento a movimentos comunistas na Europa e América Latina e em relação à Teologia da Libertação, e de [Joseph] Ratzinger [papa Bento 16], que tem estima por grande parte de católicos conservadores, que o consideram o 'verdadeiro papa' por sua intelectualidade, rigidez e posicionamento conservador.

Francisco faz essa virada extremamente importante de se tornar mais popular e acessível, que enfrenta os privilégios e desafios da Igreja Católica com relação a escândalos sexuais e corrupção. É muito marcante o enfrentamento dele com cardeais ultraconservadores que resistiam ao seu papado.

Ele é um papa de uma virada importante e de um legado humanitário. São marcas realmente muito fortes. Ronilso Pacheco, colunista do UOL

Pacheco destacou a transparência como outro traço marcante do papa Francisco, principalmente nas questões referentes ao seu estado de saúde.

O papa Francisco não foi só mais presente junto aos fiéis, como se viu no seu esforço na mensagem de Páscoa, mas também foi mais acessível. Não é trivial lembrarmos como ele exigiu que seu processo de recuperação e o seu tratamento fossem tornados públicos com boletins diários, o que é algo inovador para a Igreja Católica e para o Vaticano, sempre associados a tudo com muito sigilo.

É uma notícia extremamente impactante. É um reverso. Ver o papa Francisco no seu esforço nos encheu de esperança. A ideia era de que a recuperação dele estava em processo, mas amanhecemos com uma notícia completamente diferente. O impacto global é gigante. Ronilso Pacheco, colunista do UOL

Padre Júlio mostra presente de papa Francisco a moradores da cracolândia

Continua após a publicidade

Ao falar sobre a morte do papa Francisco, o padre Júlio Lancellotti citou um gesto que simboliza a humildade do pontífice. Durante entrevista à edição de hoje do UOL News, o religioso exibiu um presente que o pontífice deu à Pastoral do Povo da Rua de São Paulo: um solidéu, uma espécie de pequeno chapéu.

Queria mostrar aqui o solidéu do papa Francisco, que ele mandou para nós da Pastoral de Rua. Ele estava na cabeça dele, e Francisco disse: 'Levem-no e o entreguem para o padre Júlio como meu sinal de carinho aos moradores de rua'".

Esse solidéu já foi até na cracolândia. O povo da rua gosta de segurá-lo e dizer: 'Olha o bonezinho do papa'. Eu lembro deste solidéu na calçada da rua na Luz, com o povo da cracolândia caído e abraçado com o 'bonezinho do papa' porque todos se sentem protegidos. No inverno, quando demos barracas de rua para proteger os moradores de rua, pusemos um selo nelas: 'Sob a proteção do papa Francisco'. Padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo da Rua de São Paulo

Assista ao comentário na íntegra:

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h, com apresentação de Fabíola Cidral, e às 17h, com Diego Sarza. Aos sábados, o programa é exibido às 11h e 17h, e aos domingos, às 17h.

Continua após a publicidade

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL. O Canal UOL também está disponível na Claro (canal nº 549), Vivo TV (canal nº 613), Sky (canal nº 88), Oi TV (canal nº 140), TVRO Embratel (canal nº 546), Zapping (canal nº 64), Samsung TV Plus (canal nº 2074) e no UOL Play.

Veja a íntegra do programa:

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.