Cardeais achavam que Francisco não queria cargo, disse brasileiro em 2013

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Alguns cardeais que participaram do último conclave descartaram a hipótese de votar no argentino Jorge Mario Bergoglio por acreditarem que ele recusaria o cargo de Papa, contou à época o cardeal brasileiro dom Raymundo Damasceno Assis.
O que aconteceu
Cardeal brasileiro revelou temor em entrevista a jornal italiano. "É verdade. Alguns pensavam que [Bergoglio] não aceitaria o cargo", disse Damasceno em entrevista de 2013. "Mas seu nome começou logo a aparecer nas congregações gerais, sobretudo entre alguns cardeais latino-americanos", acrescentou o cardeal, que foi presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Segundo Damasceno, o nome de Bergoglio foi uma "surpresa". O brasileiro comentou que a imprensa se surpreendeu com a escolha "porque [Jorge Mario Bergoglio] quase nunca era citado como um dos possíveis candidatos a Papa".
Fiéis brasileiros agradeceram o cardeal pela escolha de Francisco. "As pessoas me param na rua. Quando ficam sabendo que sou cardeal e que participei da eleição na Capela Sistina, me agradecem pela escolha feita. Dizem que o papa Francisco é muito simpático e que o querem bem", contou à época o brasileiro, arcebispo emérito de Aparecida.
Jorge Mario Bergoglio foi eleito papa no dia 13 de março de 2013. A escolha do novo pontífice saiu no segundo dia de conclave, realizado na Capela Sistina, no Vaticano.
Perfil do papa Francisco
Jorge Mario Bergoglio foi o primeiro papa latino-americano da história da Igreja Católica. Ele nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 17 de dezembro de 1936.
Foi ordenado sacerdote em 13 de setembro de 1969. O jesuíta foi nomeado bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires pelo papa João Paulo 2º em 20 de maio de 1992. No mesmo ano, ele foi confirmado como bispo titular da capital argentina em 27 de junho.
Na Argentina, Bergoglio ficou conhecido pelo conservadorismo e pela batalha contra o kirchnerismo. O prelado também sempre foi reconhecido por ser um intenso defensor da ajuda aos pobres. O argentino costumava apoiar programas sociais e desafiar publicamente políticas de livre mercado.
Morte do papa Francisco

Vaticano confirmou a morte de Jorge Mario Bergoglio, 88, na manhã de hoje. Causa da morte ainda não foi informada, mas Francisco fez aparições públicas ao longo da semana, andando de Papamóvel e abençoando fiéis na manhã de ontem.
Ele estava em processo de recuperação de uma doença. O papa passou 37 dias internado em um hospital de Roma após um quadro de bronquite e pneumonia. Ao receber alta, ele foi orientado a repousar por dois meses.
Apesar da orientação, Francisco fez uma sequência de aparições públicas na Semana Santa. Além de saudar fiéis, ele recebeu o vice-presidente dos Estados Unidos e visitou um presídio de Roma.
Com informações de ANSA e de textos publicados em 2013
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