Morte do papa: Cardeais brasileiros viajam a Roma para o conclave

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Os sete cardeais brasileiros que participarão do conclave, processo que definirá o próximo papa após a morte de Francisco, já se organizam para viajar a Roma. De lá, seguirão para a Capela Sistina, no Vaticano, onde ocorrerá a eleição.
O que aconteceu
Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, chegou hoje pela manhã na capital italiana.
Os arcebispos de Salvador, Sérgio da Rocha, e do Rio de Janeiro, Orani João Tempesta, chegam hoje em Roma. Dom Sérgio é apontado como o favorito, entre os brasileiros, a ser eleito papa.
O arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, deve viajar até quinta-feira (24). Ainda não há uma definição sobre o embarque.
O cardeal João Braz de Aviz, da Arquidiocese de Brasília, já está em Roma porque presta serviços ao Vaticano. A arquidiocese disse que ainda não há informações sobre a viagem do arcebispo Paulo Cezar Costa.
Também não há definição sobre o embarque de Dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus.
O cardeal mineiro Raymundo Damasceno Assis não participará do conclave porque tem mais de 80 anos. Porém, o religioso de 88 anos pode receber votos.
Como acontece o conclave

A eleição acontece dentro da Capela Sistina, no Vaticano. O voto é secreto e depositado em uma urna. O número de votos do escolhido não é divulgado.
Os cardeais não podem manter qualquer tipo de comunicação com o exterior durante o conclave. É proibido enviar mensagens eletrônicas ou alimentar perfis nas redes sociais, por exemplo.
O conclave começa no mínimo 15 dias depois da morte ou renúncia de um papa e pode ser adiado em 20 dias. Para a eleição, os cardeais passam em cortejo da Capela Paulina até a Sistina. Em seguida, as portas são fechadas, as chaves retiradas. Dentro da capela, o isolamento é assegurado pelo cardeal camerlengo. Fora, pelo prefeito da Casa Pontifícia.
Em tese, todo homem considerado idôneo pode ser eleito papa. Mas, há séculos, somente cardeais são escolhidos.
Participam da votação todos os cardeais com menos de 80 anos. Segundo a CNBB, os religiosos que ultrapassam essa idade-limite não votam, mas podem ser eleitos. O número máximo de cardeais eleitores no processo é de 120.
Para ser eleito, um cardeal precisará de pelo menos dois terços dos votos. Os cardeais não têm direito de se abster nem de votar em si mesmos.
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