Quem vai ser o próximo papa? 'Vice-papa' lidera em plataforma de apostas

Ler resumo da notícia
O Polymarket, considerado o maior mercado de previsões do mundo, aponta que Pietro Parolin é o cardeal que tem mais chances de se tornar o próximo papa. Ele atuou como secretário de Estado do papa Francisco desde 2013 e, por isso, é chamado de "vice-papa".
Quem é Pietro Parolin
Parolin é italiano e tem 70 anos. Ele é visto como um candidato de compromisso entre os progressistas e conservadores.
Ordenado em 1980, ele entrou para o serviço diplomático do Vaticano em 1983. O cardeal atuou como secretário de Estado do papa Francisco desde o começo do papado de Jorge Bergoglio, em 2013.
Pietro é considerado "vice-papa" devido ao seu cargo na Igreja. Os secretários de Estado são semelhantes a um primeiro-ministro, ocupando o segundo lugar na hierarquia do Vaticano, atrás apenas do pontífice.
O cardeal também atuou no governo do papa Bento 16. Ele foi vice-ministro das Relações Exteriores e em 2009 foi nomeado embaixador do Vaticano na Venezuela.
Parolin foi o principal arquiteto da reaproximação do Vaticano com a China e o Vietnã. Os conservadores o atacaram por causa de um acordo sobre a nomeação de bispos na China comunista. Ele defendeu o acordo dizendo que, embora não fosse perfeito, evitou um cisma e proporcionou alguma forma de comunicação com o governo de Pequim.
O italiano nunca se envolveu diretamente nas chamadas guerras culturais da Igreja sobre temas como aborto e direitos dos homossexuais. Porém, em uma ocasião ele condenou a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, rotulando como "uma derrota para a humanidade".
Às 11h30 da manhã, o Polymarket apontava 31% de chance de Pietro Parolin ser o próximo papa. Confira os principais nomes apontados pela plataforma:
- Pietro Parolin: 31%
- Luis Antonio Tagle: 23%
- Matteo Zuppi: 11%
- Peter Turkson: 10%
- Péter Erdö: 9%
Cardeais já foram convocados para o conclave
Cardeais foram convocados ontem para o conclave. O cardeal brasileiro Paulo Cezar Costa, que vai participar do processo, disse que os responsáveis por escolher o sucessor do papa Francisco já receberam a convocação para ir a Roma.
Dom Paulo afirmou que haverá uma reunião hoje. "Pediram para ir a Roma porque o papa vai ser sepultado. Amanhã [hoje] tem uma primeira reunião que deve definir um pouco uma agenda." As declarações ocorreram ontem, em entrevista à GloboNews.
Dom Paulo é arcebispo de Brasília. Ele explicou que, na primeira etapa do conclave, todos os cardeais participam, mas só que tem menos de 80 anos têm direito a voto. "Cada cardeal tem um um tempo para falar, onde as principais questões da humanidade ou da vida da igreja são tratadas. Ali já começa, de certa forma, a definir o perfil de um futuro papa."
O cardeal falou sobre a expectativa para a escolha do novo papa. "Eu acho que a tendência seria um papa conciliador, pelo perfil do colégio cardinalício", opinou.
Após a morte do papa, os cardeais eleitores devem esperar quinze dias completos para dar início ao conclave. O prazo foi estipulado pela "Universi Dominici Gregis", uma Constituição Apostólica publicada por João Paulo 2º em 1996, que trata das normas para a vacância da Sé Apostólica e a eleição do Romano Pontífice.
Conclave terá 135 cardeais votantes, e 108 deles foram escolhidos por Francisco. Entre eles, sete brasileiros, incluindo o arcebispo Dom Paulo.
Para ser eleito, um cardeal precisará de pelo menos dois terços dos votos. Os cardeais não têm direito de se abster nem de votar em si mesmos.
(Com informações de Reuters)
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.