Papa morreu rapidamente e sem muita dor, diz médico
O chefe da equipe médica que atendeu o papa Francisco na manhã de segunda-feira disse que ele morreu rapidamente, sem sentir muita dor e não havia nada que pudesse ser feito para salvar a sua vida.
Sergio Alfieri disse que foi chamado pelo Vaticano às 5h30 e chegou em 20 minutos. "Entrei em seu quarto, e ele estava com os olhos abertos", disse ao jornal Corriere della Sera.
"Confirmei que não havia problemas respiratórios. Tentei chamá-lo pelo nome, mas ele não me respondeu. Naquele momento, eu soube que não havia mais nada a fazer."
Em uma outra entrevista, ao jornal La Reppublica, Alfieri disse que autoridades do Vaticano sugeriram levar o papa ao hospital.
"Ele teria morrido no caminho", disse o médico. "Fazendo uma tomografia, teríamos um diagnóstico mais exato e nada mais. Foi um daqueles derrames que, em uma hora, te levam embora."
Trump ataca Zelensky; Rússia bombardeia Kiev
A Rússia realizou nesta noite o maior bombardeio a Kiev desde julho do ano passado. Pelo menos oito pessoas foram mortas e cerca de 80 ficaram feridas na capital ucraniana.
Segundo autoridades locais, muitas pessoas ainda estão presas nos escombros, e as explosões provocaram incêndios em seis localidades.
O presidente Volodimir Zelensky estava em uma viagem à África do Sul e voltou às pressas ao país.
Em comunicado, o governo russo disse que os alvos dos ataques foram a indústria e instalações bélicas da Ucrânia.
A ofensiva de Putin ocorre um dia depois de Donald Trump voltar a atacar Zelensky, em reação à sua rejeição da proposta americana para que a Ucrânia abra mão da Crimeia, ocupada pela Rússia desde 2014.
Trump se manifestou sobre isso em sua rede social: "A declaração feita por Zelensky hoje não fará nada além de prolongar o "campo de matança", e ninguém quer isso! Estamos muito perto de um acordo, mas o homem sem "cartas na manga" deveria agora, finalmente, concluir isso", postou.
China diz só negociar se "Trump cancelar tarifas"
A China afirmou hoje que só voltará a negociar com os EUA se Donald Trump "cancelar completamente todas as medidas tarifárias unilaterais".
Se isso ocorrer, disse um porta-voz do Ministério do Comércio do país, "a China encontrará uma forma de resolver as diferenças pelo diálogo entre iguais".
As declarações foram feitas depois de dois dias seguidos em que autoridades americanas e o próprio presidente Trump acenaram com a possibilidade de reduzir as tarifas de 145% impostas pelos EUA aos produtos chineses.
Ontem e anteontem, os mercados reagiram positivamente à moderação do discurso de Trump e de seus aliados. Hoje, o otimismo não é o mesmo: as Bolsas na Europa, o índice futuro das ações americanas e o dólar caíram; o ouro voltou a subir.
O comportamento negativo reflete, em parte, o pessimismo provocado pelo endurecimento da posição chinesa.
Ex-chanceler acusa Petro de "dependência de drogas"
O ex-chanceler colombiano Álvaro Levya disse ontem que o presidente Gustavo Petro é dependente de drogas. A afirmação foi feita em uma carta de quatro páginas endereçada a Petro, entregue à Presidência e reproduzida na conta de Levya na rede social X.
Levya foi o ministro das Relações Exteriores de Petro no primeiro ano e meio de sua gestão.
"Foi em Paris que pude confirmar que você tem um problema de dependência de drogas", disse Levya, em referência a uma viagem oficial à capital francesa em 2023 e durante a qual Petro desapareceu por dois dias.
Também na rede X, Petro ironizou a acusação de Levya: "Paris não tem parques, museus, livrarias, mais interessantes do que o autor (da carta), para passar dois dias? Quase tudo em Paris é mais interessante", afirmou.
Não é a primeira vez que Petro é acusado de usar drogas, o que sempre negou.
Duas vezes candidato derrotado à Presidência, Levya foi afastado do governo pela Justiça pela acusação de não respeitar o resultado de uma licitação pública e, em seguida, declarado inelegível por 10 anos.
Banco Mundial vê América Latina na lanterna do crescimento mundial
A América Latina e o Caribe serão a região com o menor crescimento econômico neste ano, de acordo com previsão do Banco Mundial: 2,1%, abaixo dos 2,5% previstos em janeiro.
Segundo a instituição, além da volatilidade global provocada pela guerra comercial iniciada por Donald Trump, a situação da região é agravada pelo baixo nível de investimento e pelo alto grau de endividamento público.
O banco projeta que o Brasil crescerá 1,8% - índice abaixo das expectativas do FMI e do mercado financeiro (2%) e dos 2,5% previstos ontem pelo ministro Fernando Haddad.
"O cenário econômico global mudou drasticamente, marcado por níveis crescentes de incerteza", disse Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe.
"Os países devem recalibrar suas estratégias e pressionar por reformas ousadas e práticas que aumentem a produtividade e a competitividade."
Boeing confirma boicote chinês
A Boeing confirmou que as empresas aéreas chinesas suspenderam o recebimento de aviões da fabricante americana. A medida foi tomada após o anúncio de tarifas de 145% pelo presidente Donald Trump sobre as importações chinesas para os Estados Unidos.
"Tínhamos três aviões na China que estavam prontos para serem entregues e acredito que dois já voltaram aos Estados Unidos. Além disso, estamos retornando com o terceiro", disse ontem Roberto Kelly Ortberg, CEO da Boeing em entrevista à rede CNBC.
A informação já havia sido noticiada na semana passada pela Bloomberg, citando fontes anônimas e atribuindo o boicote a uma decisão do governo chinês, mas não havia confirmação de fonte oficial.
Segundo Ortberg, a empresa, que é a maior exportadora dos EUA, planejava entregar "quase 50" aeronaves à China neste ano.
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