Em virada histórica, candidato anti-Trump vence eleição no Canadá
Do UOL
29/04/2025 09h53
Mark Carney, do Partido Liberal, venceu as eleições canadenses ontem depois de uma virada histórica.
Com 312 dos 343 assentos do Parlamento decididos, os liberais haviam conquistado 154 cadeiras, 23 a mais do que o Partido Conservador.
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O candidato conservador Pierre Poilievre não conseguiu vencer nem no distrito em que disputava uma vaga no Parlamento e ficará sem mandato.
Há pouco mais de dois meses, o partido de centro-esquerda estava cerca de 25 pontos percentuais atrás do Partido Conservador nas pesquisas de intenção de voto - o que levou à renúncia do primeiro-ministro liberal Justin Trudeau.
Carney começou a virar o jogo ao se contrapor de forma enfática a Donald Trump, que anunciou tarifas comerciais a produtos canadenses e disse que gostaria de transformar o Canadá no 51º estado americano.
Portugal e Espanha se recuperam de mega-apagão
Portugueses e espanhois tentam voltar à normalidade depois do maior apagão da história da Península Ibérica, que deixou os dois países sem energia elétrica ontem.
O ministro das Infraestruturas português, Miguel Pinto Luz, disse que a situação no aeroporto de Lisboa ainda será afetada pelos próximos dois ou três dias.
Na Espanha, até o final da manhã de hoje (horário local), apenas 92% do fornecimento de energia havia sido restabelecido.
As causas do apagão ainda não são conhecidas, mas autoridades dos dois países descartam por enquanto a hipótese de um ataque cibernético.
A companhia Red Eléctrica, que opera na Espanha, também negou que o problema tenha sido provocado por um fenômeno meteorológico raro, como se especulou inicialmente.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, pediu ajuda à União Europeia na investigação das causas do episódio e disse que cobrará a responsabilidade das empresas privadas que operam o fornecimento de energia.
Trump chega aos 100 dias como presidente pior avaliado
Donald Trump chega hoje aos 100 dias de mandato com uma das piores avaliações da história para um presidente americano nesse período.
De acordo com levantamento Gallup para o jornal Washington Post e rede de TV ABC News, o republicano tem 39% de aprovação - menos do que os 42% registrados em seu primeiro mandato.
Em seguida aparecem Gerald Ford e Richard Nixon, com 48%. Em editorial, o jornal Wall Street Journal, do apoiador de Trump Rupert Murdoch, afirmou que "Aos 100 dias, Trump está em apuros".
"O presidente precisa de um grande reset, se quiser resgatar seus anos finais dos choques econômicos e de política externa que ele próprio desencadeou."
Amazon lança satélites para concorrer com Musk
A Amazon lançou ontem à noite o primeiro foguete que colocará em órbita 27 satélites de sua rede de internet Kuiper, que concorrerá com a Starlink, do magnata Elon Musk.
Com investimento de US$ 10 bilhões, a empresa de Jeff Bezos planeja ter 3.200 satélites a uma altitude de 1.900 quilômetros e iniciar as operações comerciais até o final deste ano.
Líder do setor, a Starlink, de Musk, lançou seu primeiro satélite em 2019 e já tem mais de 6.750 unidades em operação, atendendo a 5 milhões de clientes em todo o mundo, incluindo o Brasil.
Banco Mundial: Crime empobrece América Latina
O Banco Mundial afirmou ontem que o crime organizado é um dos problemas econômicos "mais urgentes" da América Latina e do Caribe.
Segundo relatório da instituição, a região "tem sofrido com um crescimento econômico anual medíocre, baixa produtividade", e "permanecerá presa nesse equilíbrio pobre" até frear o crime organizado e a violência.
O texto nota que, apesar de ter 9% da população mundial, a região "registra um terço do total de homicídios", com uma taxa per capita 5,4 vezes maior que a média mundial.
Segundo o banco, o problema se agravou depois da pandemia, quando vários grupos criminosos em países como a Venezuela, Colômbia e México, entre outros, ocuparam espaço deixado pelo Estado na oferta de apoio social em áreas mais pobres e desiguais.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estima que os custos diretos do crime organizado alcançaram 3,4% do PIB da América Latina e do Caribe em 2022.
Nepal planeja reduzir licenças para o Himalaia
O Nepal está discutindo limitar a concessão de autorização para a escalada do monte Everest apenas a alpinistas com experiência em montanhas de pelo menos 7 mil metros de altitude. O pico do Everest está a 8.849 metros de altitude.
O objetivo da medida é limitar as longas filas de alpinistas na chamada "zona da morte", a área próxima ao topo da montanha onde a concentração de oxigênio no ar fica abaixo do mínimo necessário para vida. Nos últimos 2 anos, 20 alpinistas morreram durante a subida do Himalaia.
O texto exige que a experiência prévia tenha sido alcançada em uma montanha no Nepal, o que provocou críticas de operadoras de turismo - elas argumentam que há outros picos de mais de 7 mil em outros países que poderiam servir como preparação para o Himalaia.
Outra exigência da proposta é que o chefe da equipe local e o guia da expedição sejam nepaleses.