China diz que está 'avaliando' pedido de negociação dos EUA

O Ministério do Comércio da China afirmou hoje que o país está avaliando "mensagens transmitidas pelos Estados Unidos por diversos canais expressando o desejo de se engajar em negociações" sobre tarifas. A afirmação foi feita pelo porta-voz do ministro.

Nas últimas semanas, Donald Trump e outras autoridades americanas disseram que havia conversas em andamento, o que a China sempre negou.

A declaração chinesa provocou mais um dia de valorização nas Bolsas de todo o mundo.

O índice Taiex, da Bolsa de Taiwan, fechou em alta de 2,7%; e o Hang Seng, de Hong Kong, subiu 1,7%. As principais Bolsas europeias abriram em alta, os índices futuros do mercado americano indicam valorização.

Primeira demissão no primeiro escalão de Trump

Donald Trump demitiu ontem o assessor de Segurança Nacional Mike Waltz, que adicionou por engano, em março, um jornalista a um grupo no aplicativo Signal com diversas autoridades.

No grupo, foram postados detalhes de um ataque que os EUA fariam contra o Iêmen.

É a primeira mudança no primeiro escalão do governo desde a posse de Trump, que completou cem dias na terça-feira com as piores taxas de aprovação da história para um presidente americano.

Quando o vazamento das informações classificadas veio à tona, Trump defendeu Waltz enfaticamente e chamou o escândalo em torno do assunto de "caça às bruxas".

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O secretário de Estado, Marco Rubio, acumulará o cargo de forma interina. Trump disse que nomeará Waltz embaixador dos EUA na ONU.

Navio de ONG com ajuda a Gaza é atacado

Um veleiro com ativistas que saiu de Malta com destino à Faixa de Gaza foi atacado por drones e pegou fogo nesta madrugada. O incêndio foi contido com a ajuda de um petroleiro que passava por perto e, segundo o governo maltês, não há feridos.

Entre os ocupantes do navio The Conscience estava a ativista sueca Greta Thunberg.

O objetivo da missão, organizada pela ONG Freedom Flotilla Coalition, era "desafiar o cerco e bloqueio ilegal de Israel" ao território palestino e abrir uma rota para a entrada de ajuda humanitária.

A operação estava sendo mantida em sigilo para evitar sabotagens.

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Há dois meses Israel bloqueia a entrada de ajuda em Gaza, ação classificada no mês passado pelos ministros do Exterior de Reino Unido, França e Alemanha de "intolerável".

O governo de Israel não assumiu o ataque e afirmou que está investigando o episódio.

Zelensky sobre acordo com EUA: 'Realmente justo'

Volodymyr Zelensky classificou ontem de "realmente justo" o acordo assinado na quarta-feira com os Estados Unidos sobre a exploração das reservas minerais de seu país.

O presidente ucraniano, porém, negou que o acesso americano aos recursos seja um pagamento pela ajuda militar que os EUA prestaram ao país na guerra com a Rússia, como Trump tem afirmado.

"Não há dívida no acordo. Será criado um fundo - um fundo de recuperação - para investir na Ucrânia e gerar lucros aqui", afirmou Zelensky.

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Segundo o governo ucraniano, os lucros da operação conjunta na exploração mineral serão investidos na reconstrução da Ucrânia pelos próximos dez anos e, só depois desse período, divididos entre os dois países.

O acordo não implica em nenhum compromisso dos EUA com apoio militar à Ucrânia, como desejado por Zelensky. Trump, porém, afirmou que os EUA agora têm interesses econômicos no país e tem subido o tom de suas falas contra Putin.

Juiz dos EUA proíbe deportações com base em lei de guerra

Um juiz federal do Texas decidiu que a deportação ou prisão de imigrantes com base em uma lei de 1798, criada para uso em tempos de guerra, é ilegal.

O uso da Lei de Inimigos Estrangeiros (LIE), invocada por Donald Trump, já foi contestado em vários tribunais e suspensa algumas vezes, mas essa é a primeira decisão judicial sob o mérito da discussão.

Para justificar o uso da lei, Trump alega que a entrada no país de supostos integrantes de gangues venezuelanas constitui uma "invasão".

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O juiz Fernando Rodriguez, indicado pelo próprio Trump, em seu primeiro mandato, disse em sua decisão que o presidente não tem o direito de "definir unilateralmente quais são as condições sob as quais pode invocar a LIE e declarar sumariamente que elas existem".

Segundo Rodriguez, para os efeitos da lei, invasão significa uma ação ou ameaça militar organizada com o objetivo de "conquistar ou assumir o controle do país ou de uma porção do país".

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