Ataques colocam Índia e Paquistão em pé de guerra

Ataques mútuos entre Índia e Paquistão deixaram as duas potências nucleares mais próximas de uma guerra aberta.

Pelo menos 38 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas: 26 do lado paquistanês e 12 do lado indiano.

O confronto teve início com o bombardeio, pela Índia, de alvos no Paquistão e na Caxemira paquistanesa na noite de ontem. Em seguida, o Paquistão atacou o território indiano com fogo de artilharia e afirmou ter derrubado cinco aviões de combate da Índia.

A Índia justificou a ofensiva como uma resposta à morte de 26 turistas em uma área turística da Caxemira sob administração do país.

O governo do Paquistão nega participação nesse atentado. A Caxemira é uma região de maioria muçulmana, dividida entre a Índia e o Paquistão, disputada pelos dois países desde a independência do Reino Unido, em 1947.

Conclave tem primeira votação hoje

Os cardeais reunidos no conclave começam hoje a votar para eleger o papa que substituirá Francisco.

Depois do almoço, a partir das 15h45 (10h45, no horário de Brasília), os 133 cardeais eleitores se dirigirão à Capela Sistina.

Esse conclave é o mais global da história da Igreja Católica, com representantes de mais de 70 países, e o primeiro em que os europeus não são maioria absoluta.

Continua após a publicidade

Os anúncios do resultado das votações de hoje estão previstos para as 17h30 (12h30) e 19h (14h).

Mais cedo, o decano do Colégios de Cardeais, dom Giovanni Battista Re, de 91 anos, celebrou a última missa antes da eleição e alertou para tempos "difíceis e complexos".

"Isto é um forte apelo para manter a unidade da Igreja... uma unidade que não significa uniformidade, mas uma comunhão firme e profunda na diversidade."

China e EUA anunciam conversas sobre tarifas

China e Estados Unidos se reunirão na Suíça neste fim de semana para discutir tarifas e a relação comercial entre as duas potências.

É o primeiro encontro de alto nível entre representantes dos dois países desde a posse de Donald Trump e do início da guerra comercial deflagrada pelo presidente americano.

Continua após a publicidade

O Ministério do Comércio chinês afirmou, em nota, que o país aceitou as discussões após os EUA indicarem a disposição em reduzir as taxas de até 145% impostas por Trump.

Em entrevista à rede Fox, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse que sua "sensação é que [a negociação] será sobre uma desescalada, não sobre um grande acordo comercial".

Novo chanceler alemão defende acordo com Mercosul

O novo chanceler alemão, Friedrich Merz, defendeu hoje a aprovação do acordo entre a União Europeia e o Mercosul.

"O acordo com o Mercosul deve ser ratificado e implementado rapidamente." A declaração foi feita em uma entrevista coletiva em Paris, ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron. A França é o país onde a oposição ao acordo é mais forte.

O conservador Friedrich Merz foi confirmado no cargo ontem na segunda rodada de votação pelo Parlamento, após não ter conseguido o número de votos suficiente na primeira - uma situação inédita e que revela a fragilidade da coalizão entre os democratas-cristãos, de seu partido, e o os social-democratas.

Continua após a publicidade

Primeiro-ministro diz a Trump que Canadá 'não está à venda'

O recém-eleito primeiro-ministro Mark Carney disse a Donald Trump que o Canadá "não está à venda, nunca estará à venda". O presidente americano retrucou: "Nunca diga nunca".

Trump também afirmou que seria um "casamento maravilhoso" se o Canadá se tornasse o 51º estado americano.

As declarações foram feitas durante a primeira reunião entre os dois líderes, ontem, na Casa Branca

Carney, do Partido Liberal, de centro-esquerda, foi eleito na semana passada com um discurso de enfrentamento às ameaças de Donald Trump de impor tarifas sobre produtos canadenses e de anexar o país.

Após o encontro, Carney disse que pediu a Trump que parasse de falar em transformar o Canadá no 51º estado americano, mas não informou qual foi a resposta do líder americano. "Ele é o presidente, ele é ele mesmo."

Continua após a publicidade

Biden quebra silêncio de ex-presidente

Em sua primeira entrevista depois de entregar o cargo, o ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden chamou a postura de Donald Trump em relação a Putin, na guerra entre Rússia e Ucrânia, de uma versão moderna do "apaziguamento" - uma referência à tentativa dos governos francês e britânico de acomodação com Hitler nos primórdios do nazismo.

Biden também atacou as declarações de Trump sobre a anexação do Canadá e da Groenlândia. "Que diabos? Que presidente fala uma coisa dessas? Nós somos sobre liberdade, democracia, não confisco."

O democrata também defendeu sua decisão de abandonar a candidatura à reeleição apenas quatro meses antes do pleito. "Acho que não faria diferença [ter desistido antes]. Nós saímos quando tínhamos uma boa candidata".

Ex-presidentes americanos raramente criticam ou comentam o governo de seus sucessores. A entrevista foi transmitida na manhã de hoje pela BBC Radio 4.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.