Fala português, tenista e 'o menos americano': curiosidades do papa Leão 14

Robert Francis Prevost, 69 anos, é o novo papa. Ele adotou o nome de Leão 14 e é o primeiro papa norte-americano.

O que aconteceu

Além de norte-americano, ele também tem cidadania peruana. Nascido em 14 de setembro de 1955, em Chicago, ele é filho de Louis Marius Prevost, de ascendência francesa e italiana, e de Mildred Martínez, de ascendência espanhola.

O pai serviu à igreja como catequista e a mãe dele era bibliotecária. Quando jovem, ele foi coroinha e frequentou escola paroquial.

É formado em matemática. Prevost frequentou a Universidade Villanova, uma universidade privada católica na Pensilvânia, e se formou em 1977. Após a ordenação, se especializou em Direito Canônico na Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino, em Roma.

Ele passou um terço de sua vida nos Estados Unidos. O restante entre a Europa e a América Latina, uma das periferias do mundo, de onde também era natural o argentino Jorge Mario Bergoglio. O jornal italiano La Repubblica o chamou de "o menos americano dos americanos" pela moderação de suas palavras.

Obteve cidadania peruana em 2015. O cardeal chegou ao Peru como um jovem missionário agostiniano e, do país andino, partiu como bispo para o Vaticano, para se tornar uma figura central na administração do papa Francisco. Ele ficou conhecido como o papa "Latino - Yankee" em Roma, segundo o Washington Post.

Prevost deixou o Peru para se juntar ao governo do Vaticano. Ele era bispo de Chiclayo, cerca de 750 quilômetros ao norte de Lima. Ao se mudar para o Vaticano, chefiou o Dicastério para os Bispos, que tem a importante função de aconselhar o papa sobre a nomeação de líderes da Igreja.

Ele é fluente em cinco idiomas. São eles o inglês, espanhol, italiano, francês e o português.

E é fã do esporte de tênis. Em uma entrevista há dois anos para o jornal argentino La Nación, Prevost lamentou ter pouco tempo para treinar. "Eu me considero um grande aficionado por tênis. Desde que deixei o Peru tive poucas ocasiões de praticar, então desejo muito voltar às quadras."

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Já fez alerta sobre mudanças climáticas. Em novembro do ano passado, durante um seminário em Roma, ele afirmou que é hora de passar "das palavras à ação". "O domínio sobre a natureza — a tarefa que Deus confiou à humanidade — não deve se tornar 'tirânico'. Deve haver uma 'relação de reciprocidade' com o meio ambiente", afirmou ele à época, segundo o Vaticano News.

Rebateu vice-presidente dos Estados Unidos. Em janeiro desse ano, JD Vance afirmou em entrevista à Fox News que existiria um conceito cristão em que primeiro se ama a família, "depois o próximo, depois a comunidade, depois os concidadãos e, depois disso, prioriza o resto do mundo" e que "grande parte da extrema-esquerda inverteu completamente isso". No X, Prevost rebateu: "JD Vance está errado: Jesus não nos pede para classificar nosso amor pelos outros".

Tinha proximidade com o papa Francisco. Segundo o Washington News, Francisco recorreu a Prevost muitas vezes durante o papado. No entanto, Prevost é "considerado mais moderado, pragmático e cauteloso".

Prevost disse que ainda havia "muito a fazer" na transformação da Igreja. "Não podemos parar, não podemos retroceder. Temos que ver como o Espírito Santo quer que a Igreja seja hoje e amanhã, porque o mundo de hoje, em que a Igreja vive, não é o mesmo que o mundo de 10 ou 20 anos atrás", disse ele, no mês passado, ao Vatican News.

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