Conteúdo publicado há 1 mês

Leão 13: quem foi o último papa que escolheu esse nome

O último papa a usar o nome Leão foi o italiano Vincenzo Gioacchino Pecci, conhecido como cardeal Pecci. O pontificado dele durou de 1878 a 1903.

Quem foi Leão 13

Pecci nasceu em 1810 e permaneceu no cargo até sua morte. O pontificado durou 25 anos: de 20 de fevereiro de 1878 a julho de 1903, quando morreu, aos 93 anos.

Leão 13 foi o segundo mais velho da história, atrás apenas de Bento 16, morto aos 95 anos. O italiano também teve o quarto reinado mais longo de qualquer papa, atrás dos de Pedro (o Apóstolo), Pio 9º e João Paulo 2º.

Foi ordenado aos 27 anos. Pecci tornou-se sacerdote da Igreja Católica em 31 de dezembro de 1837. Em 1843, foi nomeado núncio apostólico, ou seja, um diplomata, representando o Vaticano na Bélgica com status de embaixador. Três anos depois, em julho de 1946, foi ordenado bispo de Perúgia, na Itália.

Promoveu debates sobre Justiça Social. Durante os 25 anos de pontificado, Leão 13 se destacou por sua intensa produção de documentos eclesiásticos, abordando temas diversos, entre eles o pensamento social da igreja. Seu nome ficou marcado especialmente pela Encíclica Rerum Novarum, de 1891, que lançou as bases da doutrina social da Igreja Católica e ainda hoje é referência em debates sobre justiça social e direitos dos trabalhadores.

Devoção ao Espírito Santo. Outro aspecto marcante de seu pontificado foi a ênfase na devoção ao Espírito Santo. O papa escreveu em 1897 a Encíclica Divinum Illud Munus, a primeira da igreja dedicada exclusivamente à pessoa e missão do Espírito Santo. Leão 13 também foi responsável por divulgar a ladainha do Espírito Santo, ainda recitada por fiéis em todo o mundo.

Legado espiritual. Mais de um século após sua morte, o legado espiritual e pastoral de Leão 13 continua a ecoar entre os fiéis. Com sabedoria pastoral e sensibilidade às inspirações divinas, ele deixou marcas profundas na vida da igreja, especialmente ao incentivar uma relação mais íntima com o Espírito Santo.

Resulte disso, como é nosso desejo ardente, que nas almas se reavive e se vigore a fé no augusto mistério da Trindade, e especialmente cresça a devoção ao divino Espírito, a quem de muito são devedores todos quanto seguem o caminho da verdade e da justiça.
Leão 13, em suas palavras na encíclica Divinum Illud Munus

Novo papa foi escolhido hoje

O novo papa Leão 14, Robert Prevost faz primeiro discurso na sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano
O novo papa Leão 14, Robert Prevost faz primeiro discurso na sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano Imagem: Alberto Pizzoli - 8.mai.2025/AFP
Continua após a publicidade

O norte-americano Robert Prevost, 69, é o novo papa. O nome dele foi anunciado ao mundo da sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, após quatro escrutínios.

Pontífice usará o nome de Leão 14. O anúncio foi feito pelo cardeal Dominique Mamberti em latim, seguindo a tradição da Igreja Católica. "Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam" ("Anuncio-vos uma grande alegria: temos um papa"), afirmou. O pontífice repete a escolha feita pela última vez em 1878, por Leão 13.

O nome foi escolhido pela primeira vez em 440 por São Leão Magno. Leão 1º foi o 45º papa da Igreja Católica. Ele assumiu o papado no ano 440 e permaneceu no cargo por 21 anos, até sua morte em 10 de novembro de 461.

Primeira aparição e bênção. Após surgir na sacada, o novo papa fez a bênção "urbi et orbi" (à cidade e ao mundo), direcionada aos fiéis que se aglomeravam em frente à Basílica de São Pedro.

O quarto nome mais utilizado entre papas. Cada papa eleito pode escolher seu próprio nome, mas alguns destes nomes se repetiram diversas vezes ao longo da história. Por outro lado, ao menos 40 papas optaram por nomes exclusivos que não foram replicados por nenhum sucessor.

João foi o nome mais popular entre os papas. Ao todo, 21 pontífices optaram por utilizá-lo. João 23, que deixou o comando da Igreja Católica em 1963, foi o último a adotar o nome. A lista não inclui antipapas — aqueles que reclamam o título em oposição ao eleito legitimamente. Em segundo lugar está Gregório, que foi adotado por 16 papas. O último pontífice a usar o nome foi Gregório 16, que deixou o comando da Igreja Católica em 1846.

Continua após a publicidade

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.