Rússia ataca Ucrânia um dia após Zelensky aceitar se encontrar com Putin

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Autoridades ucranianas acusam a Rússia de realizar um ataque com centenas de drones entre a noite de ontem e a manhã de hoje, deixando duas pessoas feridas. A ofensiva acontece após a Ucrânia propor um cessar-fogo de 30 dias, que deveria começar hoje, e no momento em que o mundo vive a expectativa de um encontro entre Putin e Zelensky.
O que aconteceu
A Ucrânia foi atacada por 108 drones durante a noite. De acordo com o relatório da força aérea do país, 55 dispositivos foram abatidos e outros 30 se perderam e não causaram danos. Uma mulher ficou ferida na pequena cidade portuária de Bilhorod-Dnistrovsk, na região do Mar Negro de Odesa.
A Rússia também lançou bombas guiadas nas regiões de Kharkiv e Sumy. A empresa ferroviária ucraniana afirmou que um drone russo atacou um trem de carga civil no leste. O maquinista sofreu ferimentos de estilhaço na perna, mas não corre risco de vida.
Anteontem, a Ucrânia havia proposto um cessar-fogo "completo e incondicional" de 30 dias à Rússia. O acordo foi feito com ajuda de aliados europeus e deveria passar a valer hoje.
Ontem, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs iniciar conversas diretas com a Ucrânia no dia 15 de maio, em Istambul. "Não excluímos que durante essas conversações possamos chegar a algum tipo novo de cessar-fogo".
Porém, Putin não respondeu diretamente à proposta ucraniana de cessar-fogo. Ele concentrou-se em explicar sua contraproposta para novas negociações entre os países, negou qualquer tipo de "condição prévia" e criticou os "ultimatos" e a "retórica antirrussa".
Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse estar pronto para um encontro. Zelensky e Putin não se reúnem desde o início da guerra, em 24 de fevereiro de 2022. "Estarei esperando por Putin na Turquia na quinta-feira", afirmou Zelensky em uma publicação na rede social X.
Entretanto, a chefe de diplomacia da UE (União Europeia) afirmou hoje que as negociações só irão acontecer caso haja um cessar-fogo. "Não pode haver conversações sob fogo. São necessários dois para desejar a paz. Apenas um é necessário para desejar a guerra. E vemos que a Rússia claramente quer a guerra", afirmou Kaja Kallas ao chegar em uma reunião com ministros de Relações Exteriores europeus para discutir sobre a situação da guerra.
(Com informações de AFP e Reuters)
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