Israel intensifica ataques à Faixa de Gaza e mata mais de 100

Bombardeios israelenses mataram mais de 100 pessoas só nesta quinta-feira na Faixa de Gaza, segundo a defesa civil local.

O número inclui 13 pessoas que estavam em uma sala de orações e em uma clínica mantida por uma entidade de caridade no campo de refugiados de Jabalia.

Os ataques ocorrem em meio a uma intensificação da ofensiva de Israel, que já havia deixado mais de 80 mortos na quarta-feira. Também ontem, Israel emitiu uma nova ordem de evacuação de Gaza, a maior cidade do território palestino, em preparação para mais um ataque de grandes proporções.

A escalada coincide com a visita de Donald Trump a países árabes no Oriente Médio. Israel não está no roteiro da primeira viagem oficial do presidente americano.

No Catar, Trump voltou a afirmar hoje que gostaria que os EUA tomassem os territórios palestinos.

"Eu teria orgulho de ver os Estados Unidos ficarem com isso, assumirem isso, transformarem isso em uma zona de liberdade."

Em entrevista à BBC, o ex-primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, pediu o fim dos ataques aos palestinos. "É completamente intolerável, inaceitável e imperdoável. Tem de parar imediatamente."

Rússia e Ucrânia negociam pela 1ª vez desde 2022

Delegações dos governos da Rússia e da Ucrânia chegaram a Ancara, na Turquia, onde o início das primeiras negociações diretas entre os dois países desde 2022 está marcado para hoje.

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Zelensky desembarcou nesta manhã na cidade, mas sua presença nas conversas não está confirmada, já que o presidente russo, Vladimir Putin, não participará, apesar de apelos do próprio Zelensky e do presidente Trump.

Os EUA serão representados pelo secretário de Estado, Marco Rubio. A delegação russa é liderada pelo conselheiro da presidência Vladimir Medinski e dois vice-ministros.

"Oficialmente, não estou ciente do nível [de representação] dos russos. Mas, pelo que vimos, eles parecem figurantes", disse Zelensky.

A Ucrânia está propondo um cessar-fogo de 30 dias enquanto as negociações avançam.

A porta-voz de Putin, Maria Zakharova, disse que Moscou quer remover "as raízes da crise" e estabelecer a "paz duradoura", o que é visto por analistas como uma indicação de que o país manterá uma posição dura nas conversas.

Livro expõe manobras para esconder problemas de saúde de Biden

Auxiliares de Joe Biden chegaram a discutir a necessidade do uso de uma cadeira de rodas e esconderam as reais condições físicas e mentais do ex-presidente americano para mantê-lo na corrida eleitoral do ano passado, segundo um livro de dois jornalistas americanos que será lançado na próxima terça.

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Em "Original Sin", Jake Tapper (CNN) e Alex Thompson (Axios) relatam "um número crescente de momentos em que ele parecia travar, perder a linha de raciocínio, esquecer os nomes de assessores importantes ou não se lembrar de amigos que conhecia há décadas."

Em um desses episódios, Biden não teria reconhecido o ator George Clooney, um importante arrecadador de fundos para o Partido Democrata, durante um evento.

Biden não se pronunciou sobre o livro, mas um ex-assessor argumentou ao site de notícias Axios que "evidências de envelhecimento não são evidências de incapacidade mental".

"Ainda estamos esperando que alguém aponte uma situação em que Joe Biden teve que tomar uma decisão presidencial ou fazer um pronunciamento oficial e não conseguiu cumprir sua função devido a um declínio mental."

Fraqueza das injeções antiobesidade

Pessoas que usam remédios para emagrecer injetáveis à base de GLP-1 - incluindo os mais modernos, como Wegovy (Ozempic) e Mounjaro - recuperam todo o peso perdido entre 10 meses e 2 anos após pararem com as aplicações.

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A informação é de um estudo da Universidade de Oxford, apresentado ontem no Congresso Europeu sobre Obesidade.

"Esses medicamentos são muito eficazes na perda de peso, mas, quando você os interrompe, o ganho de peso é muito mais rápido do que [após interromper] dietas", disse Susan Jebb, coautora da pesquisa e professora de dieta e saúde pública.

Para chegar a essas conclusões, os cientistas realizaram uma metanálise de 11 estudos sobre o assunto, com um total de 6.370 participantes.

Entre os pacientes que fizeram uso de medicamentos mais antigos, a perda de peso foi de, em média, oito quilos, recuperados em 10 meses após o fim das injeções.

Os que tomaram drogas mais modernas perderam 16 Kg e ganharam peso a uma taxa de 9,6 quilos por ano após o parar com os tratamentos.

Argentina endurece tratamento de imigrantes

O governo da Argentina anunciou ontem a adoção de critérios mais rígidos para a concessão de vistos de residência e a cobrança pelos serviços de saúde e educação para residentes temporários.

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Entre as medidas propostas, está também a exigência da apresentação de um seguro de saúde pelos estrangeiros que entrarem no país.

O objetivo, segundo o porta-voz do presidente Javier Milei, Manuel Adorni, é evitar o que ele chamou de turismo de saúde.

Na Argentina, a educação pública e o atendimento de saúde na ampla rede de hospitais provinciais e nacionais são gratuitos.

Segundo Adorni, o visto de residência permanente "só será concedido a quem residir de forma contínua por dois anos no país, sem abandonar o território nacional".

O governo também quer facilitar a expulsão de imigrantes sem visto ou que cometerem crimes, reduzindo a possibilidade de recursos judiciais.

As medidas devem ser objeto de um decreto de Milei nos próximos dias e dependem da ratificação pelo Legislativo.

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